Experiências Necessárias

Nossa humanidade fez uma escolha: evoluir pela dor e sofrimento. Sim, escolha. Desde que nos foi dado o livre-arbítrio, passamos a ter o direito de escolher.

Não vamos nos ater a uma existência, mas vamos nos colocar como seres que vieram estagiar neste planeta por já terem cometidos inúmeros erros em outra orbe, em existências que nem mesmo o nosso subconsciente consegue reavivar. Provavelmente as reminiscências destas experiencias tão longínquas estejam em nossas mentes espirituais, e de acordo com os nossos comportamentos sejam gradativamente trazidas a nossa mente carnal ou psique, se preferirem.

Tento mostrar que, mesmo que sejamos seres degradados de um planeta que atingiu seu ponto de transição, carregamos conosco nossas culpas e más inclinações, que poderão aflorarem-se com o tempo e experiencias vividas no novo planeta que passamos a habitar. De acordo com que carregamos em nosso íntimo espiritual, poderemos fazer nestes momentos de afloração das existências anteriores, uma correção de trajetória por nossa livre e espontânea vontade, ou a bondade Divina juntamente com suas Leis, nos colocarão novamente nos ajustes que necessitamos.

Nossa dificuldade ainda está em entender e, também, aceitar este processo. Parece que vivemos tantas existências no erro que esquecemos quem realmente somos. Espíritos criados para a eternidade, para sermos felizes e amar de forma sublime, racional e equilibrada. Quanto antes entendermos isso, menos sofrimentos teremos.

Vejo com mais clareza que Deus não nos criou perfeitos, mas perfectíveis. Ou seja, com as potencialidades a serem desenvolvidas. Temos todos os atributos Divinos, pois fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Agora precisamos aprender a desenvolvê-las. Isto requer milênios e milênios de experiencias. Desde o período de consciência coletiva, habitando nas experiencias do mineral, vegetal e animal, para posteriormente, atingirmos uma consciência individual e sermos capazes de ingressar na fase hominal. E através das sucessivas existências corporais aprendermos a voltar a nossa fonte, Deus.

Uns atingirão, outros já atingiram esta meta mais rapidamente, com menos sofrimento e dores da reencarnação. Outros pelas sensações que a vida corporal despertou, através dos desejos e ilusões do poder, poderão levar muitos milênios em existências dolorosas. O interessante é observar como nos adaptamos a estas existências difíceis e ficamos pedindo reprises.

Mas como Jesus disse “Haverá prantos e reger de dentes”. E assim tem sido na história desta humanidade, graças aos nossos próprios esforços. Basta fazer uma revisão nos anais da história. Inúmeras guerras, perseguições de um povo contra outro, gerando ódios intermináveis, escravidão, invasões injustificadas (somente pelo orgulho e vaidade), pestes e doenças endêmicas e pandêmicas dizimando milhões de pessoas. Tento imaginar de quantas dessas situações lamentáveis nós participamos. E ainda continuamos apegados a valores materiais, posse, desejos e ilusões. O espírito perfectível ainda continua impregnado de imperfeições.

Estamos nesta atualidade em que escrevo este artigo, uma nova oportunidade de reflexão. Estamos sendo obrigados ao isolamento social, não apenas entre parentes e amigos, mas também entre povos e nações. Um lockdown Divino, para que através do isolamento o planeta respire e a humanidade reflita.

Acredito que na economia Divina não haja lugar para o acaso, e que tudo está de acordo com as determinações Daquele que nos criou. O problema está em nossa capacidade de entendimento e aceitação. Deus está nos mostrando que como humanidade estamos no mesmo patamar. Riscos ou pobre, independente de etnias, questões políticas ou gêneros, estamos todos sujeitos as mesmas Leis Universais e Imutáveis. Vivemos no mesmo planeta sob uma mesma bandeira. A bandeira do Cristo, a bandeira do Amor, a bandeira do Criador. Para honrá-la basta amar o próximo e a Deus.

Quando finalmente aprendermos estas máximas não estaremos mais sujeitos a Pandemias, Cataclismas, Guerras, Fome, Abandono e principalmente reencarnações dolorosas.

“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” Respondeu Jesus: ” ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.
Mateus 22:36-40

Acredito que toda a Humanidade também dependa destes dois mandamentos.

Alexandre Serafim.
Medico Neuropediatra. 
Mestre em Neurologia/Neurociência pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM.
Professor Assistente da Disciplina de Pediatria e Coordenador da Disciplina de Medicina e Espiritualidade,
Departamento de Medicina da Universidade de Taubaté – UNITAU.

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