Pablo Neruda (Soneto XVII)
[Nelli Célia]
Diversas são as formas de amar. Cada um tem um sentimento diante do amor; pleno, sempre alguma sensação gera para todos, pois nos absorvem por inteiro.
Segundo as lições de Jesus, estamos longe de entender a verdadeira maneira de amar. Ainda temos o egoísmo que nos invade por vezes. O sentido da posse, nos fazendo aprisionar quem amamos.
Ninguém é dono de ninguém, saber sempre que, podemos amar verdadeiramente diversas vezes, tendo sempre um lugar reservado ao que já passou, pois a gratidão faz parte do amor.
O amor em sua plenitude é confiante, vive o presente, e será desta maneira que levaremos para outras dimensões a soma do ato de amor e de nossas obras feitas com esse sentimento.
Nesta poesia de “Pablo Neruda”, veremos toda essa beleza da entrega do amor; do premiadíssimo poeta chileno – 1904/1973). Já antes por mim citado, aqui em nosso espaço.
SONETO XVII
Amo-te como a planta que não floriu e tem
Dentro de si, escondida, a luz das flores,
E, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
Denso, aroma que subiu da terra.
Amo-te sem saber como, nem quando nem onde,
Amo-te realmente sem problemas nem orgulho:
Amo-te assim porque, não sei amar de outra maneira,
A não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
Tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
Tão perto que os teus olhos se fecham com o meu sono.