Processos de dor
[Aécio César]
Você alguma vez já parou para pensar que mesmo com todas as orientações dos Dez Mandamentos, quanto das bem-aventuranças de Jesus, o homem simplesmente fica indiferente a si próprio, preferindo rastelar-se na lama dos vícios e desequilíbrios que prazerosamente alimenta?
Os processos de dor para todo espírito infrator das Leis Divinas são severos e que podem durar dias, meses, anos, milênios a fio. Por que tanta rebeldia? Perguntarão alguns leitores. Simplesmente porque não querem se autopromover no que diz respeito à sua reforma íntima diante da escalada evolutiva a que todos nós temos direito. E sabemos qual o destino desses, não é mesmo?
A equipe onde André Luiz fazia parte, se encontrava nesses meretrícios onde o ambiente era dos mais pesados. Nesses lugares, encarnados e desencarnados se viam às voltas dos desejos insanos que não levam ninguém a lugar nenhum. Vejamos o que nos diz o Instrutor Calderaro no livro “No Mundo Maior”, no seu capítulo 14, intitulado “Medida Salvadora”, pela mediunidade de Chico Xavier:
“Alucinados, apenas adiam o terrível minuto de auto reconhecimento, que chega sempre, quando menos esperam, através dos mil processos da dor, esgotados os recursos do amor divino, que o Supremo Pai nos oferece a todos”.
Muito importante tal citação, pois que não adiantam tentar burlar a Misericórdia divina nos seus amplos aspectos de auxílio, se não propõem articular uma reforma imediata dos seus atavios de desequilíbrio e loucura.
A correção chegará sempre no momento adequado para Deus enquanto o homem se arvora em seus conceitos religiosos de cristandade, indiferente, das religiões que conhecemos. Enquanto isso, aqueles que não se resguardam contra as levas de espíritos inferiores que usufruem dos vícios dos encarnados, saciam, alucinados, também os seus.
Nessa permuta de energias asfixiantes e alucinógenas, tanto um quanto outro não se dão conta do mal que alimentam, pois estão sendo escravos de outras mentes mais poderosas que aproveitam das suas fraquezas para ampliarem os domínios do mal.
O Pai realmente não desampara nenhum filho, mas chega numa hora que esse auxílio pode vir não como um refrigério para o corpo, mas um antídoto para a espírito.
Para elucidar melhor o tema, vejamos o que o Instrutor disse em outra citação: “… se não fosse a dança, estariam rodando, lá fora, em atos extremamente condenáveis, tal a predisposição em que se encontram para o crime”. Os vícios nunca trouxeram solução para ninguém, mas sim, a fuga à realidade da vida em que muitos, deles, procuram se esconder.
Crimes, vez outra, são praticados estando homens e mulheres impulsionados a fazer o que não fariam se estivessem sóbrios ou não. Que coragem louca é essa, Leitor Amigo, que faz com que o homem se mostre, em determinadas circunstâncias da vida, para si mesmo, para a família e sociedade, a sua personalidade sem máscaras?