O Divino Mestre (Segunda Revelação)
[Pelo Espírito de Fernando Louzada]
Jesus Cristo, o Messias (Redentor), nasceu em Belém, no seio da comunidade judaica, na antiga Palestina.
Segundo os fatos históricos, tudo se consumou de acordo com as profecias que previam esse acontecimento.
Jesus foi descendente de Davi em quadragésima terceira geração. Viveu sua infância e mocidade na cidade de Nazaré na Galileia, confirmando a profecia que Ele seria chamado Nazareno. Em sua adolescência, Jesus já encantava os seus ouvintes no Templo e nas Sinagogas (igrejas), por sua precoce sabedoria. Ao completar 31 anos de idade, iniciou sua obra missionária, percorrendo toda a região da Palestina (Galiléia, Samaria e Judéia), divulgando os ensinamentos evangélicos, e demonstrando o seu poder divino, através das curas impressionantes que realizava.
Segundo as citações dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João, constantes na Bíblia (Novo Testamento), por onde Jesus passava, muitas pessoas foram libertadas da ação perturbadora de espíritos maus (obsessores). Houve uma cura extraordinária de uma mulher que sofria de uma hemorragia crônica há doze anos. Os cegos recuperaram a visão, os paralíticos andaram, os leprosos ficaram limpos, os surdos ouviram, e até um morto ressuscitou (Lázaro). Além de outras doenças físicas e espirituais que foram curadas por Jesus, por um simples toque das mãos, além da multiplicação dos pães e dos peixes, e a transformação da água em vinho, surpreendendo a todos com os fenômenos extraordinários.
Esses fatos, considerados miraculosos, espalharam-se como notícias auspiciosa (Boa Nova) por toda a região da Palestina. Por onde Jesus passava, o povo se reunia para ouvir os seus ensinamentos evangélicos, menos aqueles que viviam dominados pelo fanatismo religioso dos fariseus do Templo.
Após uma longa peregrinação, pelas várias regiões e cidades das comunidades judaicas, Jesus e seus discípulos se dirigiram à Jerusalém. Uma grande multidão o acompanhava, em sua entrada triunfal naquela cidade sede do Sinédrio (Governo), e onde se localizava o principal Templo religioso dos judeus.
Toda a cidade ficou agitada, e perguntavam: “Quem é ele?” E as multidões respondiam: “É o Messias prometido! O profeta Jesus de Nazaré da Galiléia”.
Ao adentrarem ao Templo, Jesus censurou aqueles que faziam comércio nas proximidades daquele recinto sagrado. Atitude que desagradou uma classe privilegiada de negociantes judeus que vendiam aves, animais e adornos, utilizados no tradicional ritual judaico (holocausto). Assim, por motivos de ordem econômica e política, dois interesses se confrontaram com a chegada do Messias. Aqueles que, entre o povo de Israel, eram privados do apoio oficial e do poder, estavam prontos para receber Jesus, que transmitia ensinamentos de justiça e amor ao próximo, enquanto as autoridades do Sinédrio, e os sacerdotes do Templo, receosos de perderem o poder e os privilégios, o rejeitaram.
Os sacerdotes do Templo, e os belicosos dirigentes do Sinédrio judaico, não compreenderam a sublime missão de Jesus. Na visão idealista deles, o Messias esperado viria como Salvador da pátria, um redentor exclusivo do povo judeu.
Simbolizado na figura de um líder invencível, que mobilizaria todos os povos hebreus, em campanha militar poderosa capaz de expulsar as tropas do império romano, invasoras que naquela época colonizavam todas as regiões da Palestina, quando os principais dirigentes judeus perceberam que Jesus Cristo pregava a paz e a concórdia, além de ter afirmado: “meu reino não é desde mundo”, endereçada não somente ao povo judeu, mas igualmente a todas as nações da terra, ficaram decepcionados, e passaram a divulgar que Aquele não era o Salvador esperado, era um impostor, um falso Messias. Cuidaram então de prendê-lo e conduzi-lo à morte na cruz. E até os dias presentes os judeus foram induzidos a não crerem Nele.