Festa Junina
[Nelli Célia] nellicelia@yahoo.com.br
Todos nós trazemos guardadas dentro da mente, uma caixa de surpresa e nela estão as lembranças que armazenamos, as quais surgiram no decorrer de nossas vidas.
O sábio guarda as boas e dispensa as lembranças tristes, pois sabemos que recordar é viver, assim vamos viver somente as lembranças boas, pois, nos fortalecerão, saber que um dia (ou mais) fomos felizes. Como é recordar a infância de nossos filhos, quantas alegrias, quantas esperanças e que gratidão imensa por sermos pais.
Nós também tivemos a nossa infância e juventude adornada de sonho e de alegrias, e o mês de Junho com as tradicionais festas juninas marcaram dentro de nós momentos muito especiais.
Sabemos da necessidade do progresso em nosso mundo o que beneficia as nossas vidas, nos dando oportunidades de crescimento de trabalho e estudos mais elevados, todavia eu me recordo de detalhes de minha infância antes da era do computador, bem antes, quando não tínhamos canais de TV sofisticados, tampouco, redes sociais; enfim, lembro-me de antigamente e do tempo que antecedeu a era da Internet; foi uma época romântica e com menos violência, podíamos passear pelas ruas tranquilamente e sem pandemias. Frequentávamos as festas Juninas, ah… como eram boas. Feitas sempre nos quintais de nossas casas; balões confeccionados pelos meninos e as meninas faziam as bandeirinhas todas coloridas, as comidas típicas, que eram uma delícia, eram feitas pelas nossas mães. Entrávamos a noite toda dançando e comendo, depois dormíamos felizes com a realização da festa. No dia seguinte, só restava o carvão queimado sobre o chão do quintal.
As indústrias e as fábricas eram menos e assim os balões subiam ao céu colorindo todo o espaço visto por nós, era realmente uma maravilha ver no alto o colorido deles, flutuando sobre nós. Hoje sabemos o quanto são perigosos e com toda a razão cientifica, pois, não existe espaço vazio em nenhuma cidade. É o progresso que ocupou (graças a Deus) todo o espaço gerando trabalho e moradia, desta forma temos é que acompanhar e ser gratos a essa transformação. Porém temos a nossa caixinha de surpresa e sempre que houver necessidade de rever o passado é só abrir e soltar a nossa imaginação, ela trará de volta para nós os balões coloridos bailando pelo céu.
Feliz do homem que tem lembrança, pois não passou em brancas nuvens pelo planeta Terra.
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Céu colorido
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“Olha pro céu meu amor, vê como ele está lindo”…
É uma canção junina, que comovidos,
Olhamos para o céu sem as luzes,
Que nos lembram os balões coloridos.
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Considerados perigosos para a cidade,
E com toda razão cientifica;
Porém o colorido deles,
Ficaram nas lembranças perdidas.
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A fogueira, o doce de leite,
O pinhão e os rojões,
Os vestidos de chita
Com estampas das rosas, e botões.
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O … “pula fogueira iô iô, pula fogueira iá iá”,
O Correio elegante, alegrando os corações
Das donzelas, sonhadoras
Cheias de emoções.
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Lembranças queridas
Que tão longe se vão.
O importante é que elas,
Ficaram guardadas no meu coração!
Mais um lindo artigo das mãos generosas da Nelli Célia! Adorei!