Santidade
[Aécio César] aeciocesarf@bol.com.br
Santidade… palavra e sentido em que todos os homens anseiam alcançar, porém, aprisionados à eira dos vícios, é ainda de difícil libertação. Contudo, vale lembrar, que, se estamos em um mundo de sofrimentos acerbos, esse posto, vamos dizer assim, está, por enquanto, longe da nossa alçada. E para que não me chamem de puritano – pois reconheço ainda não o sou -, vamos analisar bem o que André Luiz relata em seu livro “Libertação”, no seu capítulo 2, intitulado “A Palestra do Instrutor”, pela mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: “Se ainda nos situamos distantes da santidade não obstante os propósitos superiores que já nos orientam, que dizer dos irmãos infelizes que se deixara prender, sem resistências, às teias da ignorância e da maldade?“.
Como disse muito bem o Instrutor Gúbio, os propósitos superiores já nos orientam e isto vem desde Moisés e Jesus e, até hoje, o homem procura satisfazer sua religiosidade aprisionado tão
somente em religiões que, no dizeres de Kardec e de outros Luminares da Espiritualidade, não salvam ninguém.
Já nos bastam, hoje, falar de Jesus, embora é sempre bom relembrar dos Seus atos, contudo, sem a prática dos Seus ensinamentos, difícil será uma harmonização de Seus verdadeiros valores espirituais. Quanto tempo perdemos nas tribunas, no sentido de auxiliar mais diretamente os degredados da sociedade! Enquanto estivermos desviando os olhares aos irmãos tombados no caminho, difícil estarmos com a consciência tranquila, pois ela, constantemente, nos pede a nos tornarmos o Bom Samaritano, embora, no momento, sem êxito.
Reconhecemos que ao certo, somos todos infelizes de um modo geral. Deixamo-nos prender, ainda, às teias da ignorância, ignorância essa moldada em princípios que fogem às benesses da Leis Divinas.
Ignorância essa que gera maldade e essa maldade quando enraizada nos corações humanos devasta a organização psíquica em que o nosso espírito se faz credor da nossa melhor atenção. O mal existe não por criação ou vontade de Deus, mas pela voluptuosidade humana. O Criador, com certeza, nos atenderá os nossos rogos e as nossas orações, desde que deixemos as nossas crendices nocivas que encrustaram em nossa cristandade.
Realmente estamos, sim, longe da santidade, contudo temos tudo para conquistar esse patamar de luminosidade. O que nos falta, então, para alcança-lo? Despirmos desse homem velho infecto de sujidades que não nos deixam caminhar com os próprios pés. Viciamos nosso contexto de aprendizado a deixar levar por terceiros que, em muitas ocasiões aproveitam das nossas fraquezas espirituais para nos cingir com contextos nada elevados. E estando-nos magnetizados pelas suas palavras torpes, deixamos que o tempo nos faça pesar nossa consciência para a devida libertação. Homens com essa santidade também se encontram raros entre os homens, pena que a humanidade não quer enxergar que os santos de casa, nem sempre podem fazer milagres.
Comigo, Leitor Amigo?