Editorial 90 – Não é vontade de Deus crermos sem obras (Agosto, 2021)

Caros irmãos em Cristo, em alguns editoriais aproveitamos para compartilhar de temas que muito nos intrigam, relacionados com à atitude de companheiros Espíritas.
Desta vez, o assunto é a fé sem obras.
O catalisador desse nosso desejo foi a leitura, recente, da “Parábola dos dois filhos”, que se encontra no Evangelho segundo Mateus.
Esta parábola foi dirigida à alguns príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo, quando, certa feita, encontrava-se no templo ensinando: “Que vos parece? Um homem tinha dois filhos.
Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: — Meu filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Respondeu ele: — Irei, Senhor; mas, não foi. E chegando ao Segundo, disse-lhe o mesmo. Porém este respondeu: — Não quero; porém, mais tarde, tocado de arrependimento, foi. Qual dos dois fez a vontade do Pai? O segundo, responderam eles. E Jesus disse-lhes: — Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entrarão primeiro que vós no Reino de Deus!” (Mt., 21: 28-31)
Como sempre afirmamos, não é de nosso desejo interferir no livre-arbítrio de ninguém, mas, sim, o de convocar nossos confrades e confreiras para mais uma reflexão.
O primeiro filho é o exemplo daquele que crê, mas, não obra. Sabe o que deve ser feito, tanto que responde ao Senhor: — Irei, mas não vai… Como a dos que já tiveram contato com a Boa Nova, mas não atendem ao convite do Nosso Pastor; convite este que se encontra, a mancheias, em todos os Evangelhos, e se sintetiza na grandiosa passagem em que o Mestre nos ensina qual é o maior mandamento: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas.” (Mt., 22:34-40)
Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas…
Da mesma forma como houvera dito antes: “E assim, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles. Porque esta é a lei e os profetas.” (Mt., 7:12) (os negritos são nossos)
Segundo Kardec, estas duas passagens do Evangelho são a expressão mais completa da caridade, por que elas resumem todos os deveres para com o próximo. ESE (cap. 11; item. 1)
Por isso, como se pode afirmar que amamos ao nosso irmão se não trabalhamos em benefício dele?
Se isso acontece é porque não se crê, verdadeiramente, naquilo que Jesus nos ensinou. Uma crença em Jesus sem obras, não é crença… É, apenas, uma forma de denominar-se pertencente à um grupo, como o de Católico, Espírita, Luterano, etc. Ou seja, o de adotar um nome de uma religião, ou filosofia, sem se ter o real conhecimento de que se diz possuir…
O segundo filho é aquele que usou de sua inteligência para entender o que o Senhor estava lhe pedindo. Se de início não quis participar por preguiça, ou por orgulho, ou por egoísmos, por fim, compreendendo as palavras do Seu Mestre,
transformou o seu não em sim, indo trabalhar na Sua seara.
“O meu Pai trabalha até agora, eu também trabalho.” (Jo., 5:17)
Busquemos a paz em Nosso Senhor Jesus Cristo.

O EDITOR

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