A égide judaico-cristão. Os dois pilares do Planeta Terra.

[Fabio Dionisi] fabiodionisi@terra.com.br

Certa feita, numa comunicação mediúnica, ouvimos que tudo no Planeta Terra está embasado na égide judaico-cristão, tanto no que tange a riqueza quanto a moral. A parte material é sustentada pelo pilar judaico-cristão, e a espiritual é baseada na moral judaica e cristã.

Façamo-nos entender melhor. O pilar que sustenta o poder econômico, até este ponto da humanidade terrestre, concentra-se entre judeus e cristãos. Da mesma forma, toda a moral adotada por parte significativa da população mundial alicerça-se nos valores ensinados pelas crenças judaicas e cristãs.

Curiosos, pesquisamos para nos certificar de que isso se dava realmente.

Inicialmente, vejamos alguns dados estatísticos que comprovam estas afirmações.

Divisão da população por religião

A primeira fonte consultada foi Philip Wilkinson, em o seu Guia Ilustrado Zahar: Religiões, uma tradução de seu livro Eyewitness companions: religions, realizada por Marisa Luiza X. de A. Borges.

Numa estimativa realizada em 2008, o autor classifica a população mundial, incluindo os que não tem filiação religiosa, dando uma ideia aproximada do que deve ser esta divisão entre as grandes crenças.

 Na tabela, podemos observar que o cristianismo e o judaísmo juntos representam um terço da população mundial (2008). Aparentemente, contradizendo a ideia de que elas sejam as duas bases morais da humanidade encarnada aqui na Terra; entendendo-se por moral, a parte espiritual (crenças e valores).

Contudo, veremos a seguir, na divisão geográfica do orbe terrestre, que este terço da população detém não só a maior fatia da riqueza como ocupa a maior extensão territorial do Planeta, o que confere, a esse grupo, a predominância sob os demais.

Divisão geográfica por religião

De acordo com o mapa, anexado a este artigo, quanto aos cristãos é notório que eles ocupam a maior extensão geográfica do orbe terrestre. Com algumas exceções, como a parte Norte da África e a Ásia, diríamos que cerca de dois terços dos territórios são cristãos. Além disso, notoriamente, estes dois encontram-se nas regiões mais ricas do globo; com algumas exceções, como a China e outros poucos países ricos da Ásia.

Obviamente, estas exclusões representam dois terços da população mundial. Mas, por outro lado, a riqueza concentra-se na região onde se encontram os cristãos e os judeus.

Divisão dos que comandam, por região

A primeira estatística que compartilharemos trata-se da relação dos 40 países mais ricos, e que representam 90% do produto nacional bruto (PNB) mundial (71 dos 78 trilhões de dólares). Isto é, dos 214 países tabelados pelo Banco Mundial (The World Bank), os 40 que detém 90% da riqueza, em termos de PNB.

Esses dados foram obtidos a partir do relatório deste banco (GDP Ranking – Year 2014); que pode ser encontrado no site: http://data.worldbank.org/data-catalog/GDP-ranking-table.

A nossa contribuição foi o de dividir o PNB por crenças-tronco: cristianismo, islamismo, budismo, hinduísmo, judaísmo e um grupo geral (agnósticos, ateus, sem religião, e os que não quiseram declarar).

Da tabela, extraímos que 49% são cristãos e judeus. E, excluindo os ateus, agnósticos, os que não responderam, etc., entre os demais, chegamos à conclusão de que 69% pertencem ao cristianismo e a judaísmo.

Portanto, os números não mentem…

É preciso lembrar de que tudo o que falamos sobre a distribuição geográfica das riquezas poderá mudar no futuro, por conta do crescimento da China, Índia e outras potências emergentes, entre as quais, até pouco tempo atrás, incluía o Brasil.

Mas até o momento, o grupo judaico-cristão representa 69 % da riqueza, em relação as demais crenças religiosas, e ocupa cerca de 67% do território habitado neste globo.

Quantas pessoas controlam a riqueza?

De acordo com o The World Factbook, uma publicação anual da Central Intelligence Agency (CIA) dos Estados Unidos, atingimos 7 bilhões no último trimestre de 2011, e hoje ultrapassamos os 7.4 bilhões de pessoas.

Segundo David Rothkopf, em sua obra “Superclasse. A elite que influencia a vida de milhões de pessoas ao redor do Mundo”, 3.7 bilhões recebem menos de USD$ 2.00 por dia! E do que sobrou, nada representa em comparação a todos aqueles que detêm o poder sobre o planeta, uma vez que de cada seis bilhões de pessoas no planeta, aproximadamente 6 mil delas constituem a superclasse que o comanda (2011). Em dados de hoje, extrapolaríamos para 7 mil.

Descontando-se as que não detêm o poder por conta de suas fortunas, como é o caso dos grandes esportistas, formadores de opinião, etc., inferimos facilmente de que estamos falando de poucos milhares.

Podemos constatar isso nas estatísticas preparadas pelo estudo realizado na Universidade das Nações Unidas, em 2008. 1

Segundo os autores desse estudo, os valores não fogem muito dos publicados pela revista Forbes, que estimava a existência de 492 bilionários, no ano de 2.000. Sendo que destes, de acordo com a mesma revista, 41% são cidadãos americanos. 1 (p. 18-19)

Em 2016, a Forbes publicou que os bilionários já seriam 1.811.

Portanto, teríamos quase 2.000 famílias cujas fortunas superariam o bilhão de dólares. Sozinhas, somadas as fortunas, representariam 7 trilhões de dólares. Das quais, 539 estariam localizados nos Estados Unidos da América, concentrando 2,3 trilhões de dólares.

Agora, com todos esses dados, fica fácil responder à pergunta sobre quem controla as finanças do mundo: 2.000-3.000 famílias.

O que isso tudo tem a ver conosco, cristãos?

A égide judaico-cristão é ainda o esteio do mundo em que vivemos. O planeta Terra está alicerçado sob duas bases morais: a cristã e a judaica. E, além disso, sob o ponto de vista das riquezas, que resultam no poder, nos defrontamos novamente com o pilar judaico-cristão. Decorrência da concentração das riquezas e territorial.

Para nós que somos cristãos, nosso escudo, nossa defesa, quanto ao que subimos nesse mundo tão conturbado, é a preservação dos princípios morais professados por tudo que é divino nos preceitos judaicos e cristãos.

Sob o ponto de vista moral, as Leis Divinas recebidas por Moisés no Monte Sinai, as mensagens recebidas e anunciadas pelos Profetas, destinadas aos homens tementes a Deus, e a moral trazida pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, constituem-se o alicerce em que a humanidade deve se sustentar para atingir os patamares superiores do ser que se angelizou através da sua melhoria pessoal.

Mais ainda, nesta hora crítica que vivemos, urge permanecermos aderentes a estes princípios morais, e de que o sustentáculo do Planeta, sob o ponto de vista do poder temporal, conscientize-se de que a ele cabe manter a estabilidade social e a fraternidade entre os povos, para que a transição possa ser realizada a contento, atingindo aos objetivos traçados pelo Divino Pastor, Jesus.

O ateísmo e o materialismo são duas chagas que devem ser controladas. Cujos tentáculos devem ser contidos, para que não joguem no abismo tudo o que se construiu até agora.

O ateísmo, resultante da sociedade que se criou, esquecida da existência do supremo Criador, e totalmente voltada aos bens materiais, só pode nos conduzir à aniquilação.

O materialismo, fruto do egoísmo e o orgulho, onde as riquezas acumuladas só se destinam aos próprios interesses, enquanto bilhões de seres estão na miséria, também nos conduziriam ao aniquilamento.

Não somos, e nunca seremos partidários da teoria de que a riqueza deva ser dividida igualmente, uma vez que isso levaria ao empobrecimento, cujo resultado é a extensão da miséria, em níveis ainda maiores dos atuais; mas, sim, da utilização da mesma em benefício de todos.

E esta reflexão, caro amigo, é principalmente dirigida ao Brasil atual. À terra do Cruzeiro, país eleito para se tornar o coração do Mundo e a pátria do Evangelho.

Fiquemos na paz que o Cristo nos deixou.

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1 DAVIES, James B., SANDSTROM, Susanna, SHORROCKS Anthony Shorrocks, e WOLFF, Edward N. The World Distribution of Household Wealth, February 2008. Universidade das Nações Unidas. UNU-WIDER.

2 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. 18. Item 2.

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