A morte não é nada (Poema de Santo Agostinho)

ESPAÇO CULTURAL E POÉTICO
[Nelli Célia] nellicelia@yahoo.com.br

                Santo Agostinho foi filósofo, escritor, bispo e importante teólogo cristão do norte da África durante a dominação romana (354/430 d.C.).

                Aurélio  Agostinho de Hypona (em latim: Aurelius Agustinus Hyponesis) conhecido universalmente por Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos, conhecido como Agostinho de Hipona, nasceu em na cidade de Numídia (hoje Argélia), no norte da África. Seu Pai, Patrícius Aurelius, era pagão e a sua mãe Mônica. Cristã ela influenciou muito o filho para seguir a carreira religiosa, rezando durante 33 anos para que Agostinho fosse de Deus. Mônica ensinou ao filho a fé cristã, a moral e a mansidão. Ela tornou-se Santa Mônica, pela igreja católica.

                Agostinho de Hypona teve uma infância e adolescência em sua terra natal. Depois quando jovem, teve uma união com uma Cartaginense que durou por volta de quatro anos, e da qual nasceu seu filho chamado: “Adeodato”.

                Todavia, a busca por Deus era uma constância na vida de Agostinho. Em 386 d.C. procurou Ambrósio, Bispo do Império, em busca de uma colocação como professor, diante de tantos estudos que já havia feito, em vez disso, encontrou respostas para as sua dúvidas, quando assistiu o sermão de Ambrósio, sobre o velho testamento.

                Em 391 foi sagrado Bispo auxiliar de Hipona. Agostinho deixou muitos livros sobre a vida da espiritualidade da alma, como as “Confissões” e “A Cidade de Deus”.

                Agostinho nos ensina que para encontrar Deus, “não busquem lá fora, pois Ele está dentro de nós”.             

A morte não é nada

(Poema de Santo Agostinho)

“A morte não é nada.

Eu somente passei

Para o outro lado do caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.

O que eu era para vocês,

Eu continuarei sendo.

Me deem o nome

Que vocês sempre me deram,

Falem comigo

Como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo

No mundo das criaturas,

Eu estou vivendo

No mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene

Ou triste, continuem a rir

Daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriem, pensem em mim.

Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado

Como sempre foi,

Sem ênfase de nenhum tipo.

Sem nenhum traço de sombra

Ou tristeza.

A vida significa tudo

O que ela sempre significou,

O fio não foi cortado.

Porque eu estaria fora

De seus pensamentos,

Agora que eu estou apenas fora

De suas vistas?

Eu não estou longe,

Apenas estou

Do outro lado do caminho…

Você que aí ficou, siga em frente,

A vida continua, linda e bela

Como sempre foi.”

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(Fabio Dionisi escreveu sobre Santo Agostinho)

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