Irmã Scheilla
[Fabio Dionisi] fabio@editoradionisi.com.br
[Esta singela homenagem foi baseada no livro Irmã Scheilla. Missionária do amor. Fabio Dionisi. 2. ed. Ribeirão Pires, SP: Editora Dionisi, 2017]
Um Espírito que a cada dia se torna mais querido entre nós
Irmã Scheilla é, para o nosso pequeno núcleo de trabalho, o Recanto de Luz – Pronto Socorro Espiritual Irmã Scheilla, localizado em Ribeirão Pires (SP), de expressivo significado e do nosso mais digno respeito e reverência.
Retrato do Espírito de Scheilla, fundamentado em informações de Chico Xavier (a partir da aquarela pintada pelo Espírito Tongo)
Lá de Alvorada Nova, uma das inúmeras colônias existentes na Espiritualidade, coordenada pelo Espírito de Cairbar Schutel, situada na quarta dimensão, na altura da cidade de São Vicente, Estado de São Paulo, a veneranda irmã coordena as atividades da Casa de Repouso. E, como teremos oportunidade de ver logo adiante, em maiores detalhes, esta casa é o hospital da cidade espiritual e importante departamento de suas atividades.
Sobre Scheilla, Cairbar Schutel escreveu a seu respeito, em mensagem psicografada: “Scheilla é, para mim, um verdadeiro exemplo de fé, de perseverança, de humildade e, sobretudo, de muito amor. Quem dera pudéssemos todos nós ter uma pequenina parcela de seu infinito desejo de amar!…”.
Na verdade, o Recanto de Luz – Irmã Scheilla, como é conhecido carinhosamente pelos seus frequentadores, é uma extensão de Alvorada Nova; entre outras várias instituições conhecidas, no Brasil.
Como nosso orientador espiritual e coordenador geral da Instituição, o Espírito de Dr. Arthur Neiva, está vinculado às equipes de trabalho deste hospital, por tabela, nosso Recanto de Luz – Irmã Scheilla também o está…
Por várias vezes tivemos a oportunidade de presenciá-la, através de seu característico perfume de flores, comparecendo aos trabalhos do Pronto Socorro Espiritual Irmã Scheilla, atualmente uma coordenadoria (departamento) da Instituição, mas que por muitos anos se constituiu no próprio grupo em si, sem uma sede própria, sem ser uma entidade jurídica.
Voltemos, porém, à nossa querida Mentora…
Quanto as suas reencarnações, pelo que nos foi possível constatar até o momento, temos conhecimento de apenas três:
— Em Éfeso, uma cidade greco-romana da antiguidade, situada na costa ocidental da Ásia Menor, no primeiro século da era cristã.
— Na França, do início do século XVI até meados do XVII.
— E outra na Alemanha, na primeira metade do século passado.
Para os aficionados da leitura Espírita, saibam que as notícias sobre a irmã, coletadas em nossas pesquisas para a compilação deste artigo, além das que foram passadas via mediúnica pelo Espírito de Dr. Arthur Neiva ao médium Edson Barbosa de Souza ao longo destas últimas três décadas, vieram, principalmente, da bibliografia citada ao final do artigo.
Suas reencarnações conhecidas
Nos últimos anos, nossas vidas têm girado em torno desta figura tão amada e respeitada que é a veneranda Irmã Scheilla.
Culminando com o décimo aniversário do “Recanto de Luz – Pronto Socorro Espiritual Irmã Scheilla” (23.03.2011-23.03.2021), localizado em Ribeirão Pires (SP), um dos inúmeros núcleos ligados a ela, sentimos a necessidade de publicar umas poucas páginas sobre a nossa irmã.
Lá de Alvorada Nova, colônia coordenada pelo Espírito de Cairbar Schutel, Scheilla é responsável pela Casa de Repouso, o hospital desta cidade espiritual.
Sobre ela, Cairbar escreveu:
“Scheilla é, para mim, um verdadeiro exemplo de fé, de perseverança, de humildade e, sobretudo, de muito amor. Quem dera pudéssemos todos nós ter uma pequenina parcela de seu infinito desejo de amar!…”.
Por várias vezes, através da vidência ou pelo característico perfume de flores, tivemos a oportunidade de presenciá-la em visita aos trabalhos de tratamento espiritual, no Recanto de Luz Irmã Scheilla.
Quanto às suas reencarnações, até há pouco conhecíamos apenas duas: uma na França, no final do século XVI, com muitos dados disponíveis, e outra na Alemanha, no início do século XX, vindo a desencarnar durante a segunda guerra mundial, porém, com pouquíssimas informações a seu respeito.
Reencarnação alemã
Através das conhecidas sessões de materialização, realizadas por intermédio do médium Peixotinho (Francisco Peixoto Lins), a lide Espírita tomou conhecimento de uma encarnação na Alemanha. Tudo indica que ela tenha vivido em Berlim ou em Hamburgo.
Todavia, apesar de Berlim ter sido citada na orelha do livro Novas mensagens, de Scheilla para você, psicografada pelo excelente médium Clayton Bianchini Levy, é mister registrar que, até o momento em que publicamos esta biografia, não encontramos, em nossas pesquisas bibliográficas, a confirmação de que teria sido Berlim.
As notícias referem-se a época da segunda guerra mundial, quando Scheilla teria sido uma enfermeira, entre os feridos de guerra. Ela veio a desencarnar durante um pesado bombardeio aliado, em 1943.
Sabemos ao certo de que desencarnou na Alemanha, num bombardeio aéreo dos aliados, mas há controvérsias em que cidade teria sido. Encontramos, em nossas leituras, a cidade de Hamburgo, e, igualmente, que teria sido em Berlim; ambas no mesmo país. Portanto, por agora, abster-nos-emos de fazer qualquer afirmação…
“Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, que lhe davam um ar de graça muito suave. Seus olhos, azuis-esverdeados, de um brilho intenso, refletiam a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar, indistintamente. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade. Via primeiro a dor, depois a criatura… Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira (…) aos 28 anos de idade”.
Caros leitores, como puderam notar, esta passagem não apresenta referência de sua origem, por isso, acreditamos merecer um esclarecimento.
Confessamos desconhecer a sua fonte; mas, por outro lado, como ela bem descreve tudo o que estudamos a seu respeito, feitas pequeníssimas ressalvas, decidimos adotá-la como verdade incontestável.
Quanto à causa mortis e a idade, esta passagem coincide com informação do nosso orientador, coordenador das atividades do Recanto de Luz – Irmã Scheilla, o Espírito de Dr. Arthur Neiva.
“Encarnou na Alemanha; vindo lá a desencarnar, com o pai, num ataque de bomba, em 1943” (ditada ao médium Edson Barbosa de Souza, na noite de 25.01.2010)
E confere, também, com o que foi passado pelo Espírito do irmão de Scheilla, nas reuniões de materializações, realizadas pelo médium de efeitos físicos Peixotinho.
Desencarnado durante os conflitos bélicos, fuzilado pelos próprios companheiros, entre o final de 1939 e início de 1940, na invasão da Polônia, realizada pelos nazistas, o irmão materializou-se, algumas vezes, nas reuniões que Peixotinho realizava, no Grupo Espírita Pedro, em Macaé, no Rio de Janeiro. Nestas, ocorriam orações em prol das vítimas da segunda grande guerra, e trabalhos de desobsessão, esclarecimentos e de materializações..
E assim compareceu, outras vezes, à estas reuniões, até que, certo dia, pediu que orassem pela sua irmã, pois estava correndo perigo de vida. Passados alguns dias, novamente manifesta-se, avisando que sua irmã acabara de desencarnar, junto com seu pai, ambos, vítimas de bombardeio da aviação.
Logo após o desencarne, Scheilla vinculou-se às falanges espirituais que atuam em nome de Jesus, principalmente aqui no Brasil.
Caro leitor, de acordo com as nossas informações, pai e filha desencarnaram no ano de 1943.
Nossa única ressalva, quanto a passagem, transcrita sem registro da fonte, é referente à última frase: “Numa tarde de pleno combate, desencarna Scheilla, a jovem enfermeira. Morria no campo de lutas (…)”
Não estamos certos quanto a ter sido numa tarde, e nem que ocorreu num campo de batalha. Porém, deixaremos para mais tarde comentar sobre estas duas informações.
Agora, regressaremos ao ponto em que paramos para esta digressão.
Em 1948:Não muito tempo depois, “o espírito de uma jovem loira materializava-se diante do grupo. Era ela, sua irmã, e se apresentava com o nome de Scheilla (…). Ainda no grupo do médium Peixotinho, as manifestações dela vinham se repetindo várias vezes, seguidas de outros fenômenos de efeitos físicos, tais como o aparecimento de flores e outros objetos que trazia ao ambiente (…). Escorada na virtude da caridade, com especial carinho e dedicação oferece assistência aos enfermos do corpo e do espírito (…)”.
Reencarnação francesa (Joana Francisca Frémyot)
Neste caso, nosso trabalho biográfico ficou muito mais fácil… pois, por ter fundado a Ordem da Visitação de Santa Maria, em 6 de junho de 1610, juntamente com o bispo São Francisco de Sales, em Annecy, Ducado de Saboya, na França, várias biografias foram escritas sobre Santa Joana de Chantal, como ela é conhecida na Igreja Católica Apostólica Romana.
E já adiantamos que nossas pesquisas nos levaram a conhecer alguns aspectos interessantes, pouco divulgados na imprensa Espírita.
Joana não foi apenas a Santa Católica que, por trinta anos, dedicou-se a fundação e consolidação de uma ordem religiosa, mas, também, uma exemplar filha, adolescente, esposa, nora e mãe.
Segunda filha de Benigno Frémyot e Margarida Berbisey, nasceu no dia 23 de janeiro de 1572, em Dijon; e desencarnou aos 69 anos, no dia 13 de dezembro de 1641, em Moulins, também na França.
Seus irmãos, Margarida e André, foram-lhe muito próximos. Sua genitora desencarnou muito cedo, no ano de 1573.
A despeito de ficar órfã em tenra idade, graças ao seu zeloso pai, não deixou de receber esmerada educação.
Inteligente, aprendia com facilidade e rapidez.
Aos vinte anos de idade, Joana foi dada em casamento ao nobre senhor Cristóvão de Rabutin, segundo Barão de Chantal, tornando-se Baronesa de Chantal; mais precisamente no dia 28 de dezembro de 1592.
Embora o casamento fosse arranjado, como era costume na época, “esta aliança não fracassou; foi (…) um dos matrimônios mais bem logrados”.
No Castelo de Bourbilly, “Joana Frémyot de Chantal viveu anos felizes. E é alilí onde alcançou sua plena estatura humana e revelou as riquezas espirituais (…)”.
Mas, também, foi aí que uma ferida se abriria no coração da baronesa, quando um acidente de caça, quinze dias após o nascimento do seu último filho, põe fim a vida de seu esposo… Fora uma história de amor!
Sua vida não foi aborrecida e nem bucólica. A jovem baronesa cumpria fielmente suas obrigações de mulher da sociedade.
Envolvido com sua vida na Corte e nas guerras empreendidas junto ao Rei Enrique IV, seu esposo confiou-lhe o castelo e as obrigações.
“Não tinha mais que vinte anos, porém, desde o princípio se revelou como uma ‘mulher de talento’, que sabia fazer contas, governar, administrar e conduzir bem as coisas e as pessoas”.
Desejosa de pelo menos reduzir a pesada dívida da família Rabutin, trabalhou tenazmente para pagar os credores; usando parte do seu dote de casamento e fazendo que as terras da propriedade se tornassem rendosas. Tudo com uma “amável firmeza”…
E assim se manteve durante os oitos anos em que esteve casada, bem como os nove anos seguintes, após enviuvar, subitamente.
Se a morte de seu amado foi um grande impacto para esta incrível mulher, por outro lado constitui-se no gatilho que acentuou seu desejo de se dedicar integralmente à Deus.
“Incluso, antes de ficar viúva – confessa – Deus me atraia para servi-lo (…). Quando Deus quis romper o laço que me segurava, deu-me, ao mesmo tempo, muita luz sobre o nada desta vida e um grande desejo de consagrar-me toda à Deus”.
Pouco tempo depois, Joana conheceu Francisco de Sales; e, após uns poucos anos, ambos inauguraram à nova ordem, em 6 de junho de 1610, numa casa modesta conhecida como “A Galeria”, nos arredores de Annecy, Ducado de Saboya, na França.
Mesmo sem provisões e sem mobiliário, não se assustou; diria: “Deus proverá”.
Se a Visitação contava com 13 monastérios, por ocasião do desencarne de Francisco de Sales (1622), chegaria ao número expressivo de 87 casas, quando do decesso de nossa Santa de Chantal (1641).
Em 2008, esta ordem religiosa feminina católica contava com cerca de 3000 irmãs, em 168 mosteiros!
Desnecessário estender-nos a respeito deste Espírito quase angelical. Apenas, para findar esta introdução, gostaríamos de incluir três palavras do Padre André Ravier, que demonstra como ele também capturou uma das maiores características de Scheilla, a de “missionária do amor”.
O venerando Espírito de Cairbar de Souza Schutel e o Dr. Arthur Neiva, médico humanitarista que atuou junto ao egrégio Dr. Carlos Chagas, fizeram a mesma observação…
E assim, singelamente, quisemos deixar, por meio desta modesta introdução, nosso tributo à “Missionária da unidade e do amor mútuo”.
O Espírito de Irmã Scheilla, em Alvorada Nova
Após a sua última reencarnação neste planeta, em terras da Alemanha, é certo que a nossa Irmã Scheilla se ligou ao movimento espiritual brasileiro, tomando como residência a cidade espiritual de Alvorada Nova, como já afirmamos alhures. Não sabemos se imediatamente ao seu desencarne, em 1943, mas, com certeza, de há muito lá ela reside.
Em Alvorada Nova, o Espírito de Scheilla, ocupando a Administração Geral, é responsável pela Casa de Repouso, também conhecida carinhosamente como Hospital de Scheilla.
Este hospital possui administração própria; isto é, encontra-se desvinculado da administração central da cidade, embora faz-se mister explicar que Cairbar de Souza Schutel, Coordenador Geral da cidade espiritual de Alvorada Nova, acompanha de perto suas atividades, tanto que a nossa irmã recebe assistência direta dele e de seus assessores.
Para melhor localizá-lo, na cidade espiritual, tomemos do livro Alvorada Nova as coordenadas que foram passadas: “À frente do ‘Recanto de Paz’ está a ‘Casa de Repouso’ (…). O prédio é retangular, com oito andares, incluindo o térreo (…). À esquerda da ‘Casa de Repouso’, num prédio em formato de ‘U’, com cinco andares, encontra-se a ‘Casa da Criança’ (…). Em frente aos prédios da ‘Casa de Repouso’ e da ‘Casa da Criança’ encontra-se um grande edifício retangular de cinco andares que abriga o ‘Centro de Aprendizado da Luz Divina’.
O Hospital de Scheilla é considerado o mais importante setor de Alvorada Nova, e mesmo sendo uma seção à parte, não deixa de estar integrado à colônia espiritual, liderada por Cairbar Schutel.
O trabalho, lá realizado, é bastante amplo e complexo, com atividades que estamos longe de compreender ainda.
Scheilla coordena catorze equipes. Cada uma tem um coordenador. Eles constituem o Conselho da Casa de Repouso. Este conselho reúne-se periodicamente, sendo Cairbar informado sobre as atividades do hospital, através de um comunicado encaminhado pela própria irmã.
O Espírito de Dr. Arthur Neiva é coordenador de um desses catorze grupos.
Embora não saibamos quando assumiu esta coordenação administrativa, segundo Abel Glaser é fato que Scheilla administra este hospital há muito tempo, por decisão da Espiritualidade Superior. Não é pouca coisa, meus senhores, como podem inferir…
A ela estão também, embora indiretamente, vinculados os encarnados, obviamente, coordenados e orientados pelas equipes de trabalho da irmã. Almas que participam das atividades de cura, além de outras igualmente importantes, que ocorrem nos dois planos, o da matéria e o espiritual.
Fato que não nos causa estranheza, uma vez que nós mesmos participamos deste tipo de atividade, através de nossa pequeníssima contribuição, no Pronto Socorro Espiritual Irmã Scheilla, aqui em Ribeirão Pires, SP.
“Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”.
Obrigado Senhor por este presente que recebemos. Obrigado Espíritos Benfeitores e amigos, por incluírem-nos, mesmos considerando a nossa pequenez, nesta Ode à Caridade; uma verdadeira Ode à Alegria!
Mas, regressemos à nossa biografia, após este necessário agradecimento…
Tanto a Casa de Repouso quanto a Casa da Criança, que se situa ao lado da primeira, estão protegidas por três torres encimadas por estrelas douradas que emitem intenso brilho magnético, mantenedor da higienização permanente do padrão vibratório dessas duas casas.
Ambas instituições ficam próximas ao Setor Habitacional de número IV.
“O prédio reveste-se exteriormente de um material que se assemelha ao cristal, mas, internamente possui revestimento especial opaco em muitas de suas salas, pois os pacientes que lá chegam muitas vezes não estão preparados para suportar o brilho da luz que envolve a Colônia. Tem oito andares, incluindo o pavimento térreo.”
Os elementos usados pelos Espíritos são ainda desconhecidos pelos encarnados.
Assim, como é muito difícil uma exata descrição técnica de tais componentes, os Espíritos servem-se de comparações com os materiais que aqui dispomos, para nos dar uma pálida ideia daquilo que eles dispõem.
Tanto assemelham-se que, para os médiuns que tiveram a oportunidade de vê-los, seja pela vidência ou pelo desdobramento, relatam que têm a aparência dos elementos presentes neste orbe, como no caso citado do cristal. Daí, existirem construções, nas colônias espirituais, que são comparadas a um prédio de cristal.
Continuando…
Embora não tenhamos recebido maiores informações, nem do abnegado confrade Abel Glaser, e tampouco da Espiritualidade amiga, como sabemos que Alvorada Nova conta com o Núcleo de Desenvolvimento da Medicina Espiritual, inferimos que a colônia espiritual tem forte tradição e missão com a Medicina, tanto terrestre quanto à espiritual.
Pelo o que também é descrito no livro Alvorada Nova, conclui-se que este núcleo tem vida própria, e que a Casa de Repouso, embora tendo estrutura independente, está ligada a este Núcleo de Desenvolvimento da Medicina Espiritual, bem como às Coordenadorias Especializadas e, finalmente, à Coordenadoria Geral da colônia espiritual.
Numa de suas passagens, encontramos uma referência ao Gabinete de Scheilla, e ao seu aposento, contíguo a ele.
Em seu gabinete, com a dedicação que lhe é peculiar, Scheilla passa boa parte de seu tempo na organização e administração do complexo hospitalar.
O trabalho realizado, no seu escritório, é tão importante que Abel Glaser, quiçá instruído pelos mentores que o ajudaram na construção de sua obra Alvorada Nova, pontua que é o lugar para onde podemos dirigir nossas vibrações quando oramos, uma vez que a irmã necessita sempre de todo o apoio possível.
Uma excelente dica, mesmo considerando nosso diminuto patamar espiritual, caso queiramos contribuir com os trabalhos que são coordenados sob a batuta amorosa da Irmã Scheilla. Por isso, deixamos aqui um convite para todos os nossos confrades e confreiras: nos nossos momentos íntimos de prece, ou durante nossas reuniões públicas, entre todos aqueles que são alvos de nossa atenção, lembremo-nos de incluir nossa irmã, enviando nossas vibrações, e pedindo ao Criador de todos nós muita proteção e forças para a veneranda irmã que acolheu nosso país, após o seu último desencarne.
“Scheilla é a personificação do amor; a força desse sentimento permanece jungida a esse ambiente, mesmo na sua ausência.”
Adjacente ao seu gabinete de trabalho, e internamente ligado, nossa irmã tem seus aposentos. E, ao lado dele, encontra-se o arquivo central do hospital, com as informações de todos os que passaram pela Casa de Repouso; desde os que vieram à trabalho, para servir na colônia espiritual de Alvorada Nova, os que estão de passagem para outras localidades, bem como os encarnados que, por desdobramento, por lá passaram para tratamento.
Neste gabinete também se encontra a mesa de reuniões, onde se reúne, periodicamente, o Conselho da Casa de Repouso.
Reunião esta que tem a participação do mentor e benfeitor de nossa casa, o Espírito de Dr. Arthur Neiva, uma vez que ele é integrante deste conselho.
Reparem, caros amigos, que a dedicação da irmã é tal que o seu aposento se encontra no local de trabalho! Por um momento, façam o breve exercício de imaginar morar onde os senhores trabalham, aqui no planeta Terra.
Algo inconcebível, em nossas mentes, pelo menos por agora…
Além dos enfermos atendidos, mencionados a pouco, “poder-se-ia ficar surpreso se se tomasse conhecimento de quem já passou, gravemente enfermo, pelo hospital de Alvorada Nova.”
Em outra passagem, da qual já copiamos um fragmento, encontramos um louvor ao amor deste Espírito de Luz, o qual, pedindo permissão e perdão ao autor do livro, Abel Glaser, bem como aos amigos espirituais, transcreveremos na íntegra, para não corrermos o risco de diminuir um “til” sequer…
“Scheilla, em cujo hospital realiza-se uma obra do mais puro amor, costuma dizer, como na poesia, o caminho a trilhar. Seu trabalho é de imensa força espiritual em benefício dos necessitados, muitas vezes profundamente rebeldes e altamente endurecidos.
Em reuniões mediúnicas, pôde-se observar, muitas vezes, o desdobramento de médiuns que seguiam com Scheilla às regiões umbralinas em busca de Espíritos sofredores. E estes, ao terem ampliadas as suas percepções visuais, reconheciam-na e caíam em pranto compulsivo!”
Mas quem é, na verdade, a veneranda Irmã Scheilla? E, adicionando à nossa, nosso companheiro Abel Glaser pergunta: “Quem será esse ser pleno de bondade que parece acompanhar há milênios um grande grupo de Espíritos altamente imperfeitos e endividados, buscando ajudá-los em sua evolução?”
“Certo dia, em mensagem psicografada, assim se expressou [o venerando] Cairbar Schutel a seu respeito: ‘Scheilla é, para mim, um verdadeiro exemplo de fé, de perseverança, de humildade e, sobretudo, de muito amor. Quem dera pudéssemos todos nós ter uma pequenina parcela de seu infinito desejo de amar!…’.
Scheilla vivencia o amor na sua plenitude, fazendo da cura a sua verdadeira face. Ama e trabalha diuturnamente pelo próximo.
Outra não foi a recomendação de Jesus quando esteve entre nós!
Outra não é a recomendação dos Espíritos que orientaram Allan Kardec na obra de Codificação!
Que o seu exemplo de amor puro possa incentivar os encarnados no exercício permanente da fé raciocinada, da perseverança efetiva, da humildade sincera e, sobretudo, da verdadeira caridade, a fim de se harmonizarem cada vez mais com o programa de trabalho do Cristo”.
Antes de passarmos para o próximo tópico, achamos interessante discorrer sobre as atividades desenvolvidas neste hospital do amor.
Dos vários Postos de Socorro, localizados em vários pontos do Umbral e da crosta do planeta Terra, Espíritos sofredores, recolhidos, são trazidos à Casa de Repouso; muitas vezes por equipes de índios ligados aos trabalhos desenvolvidos pelas equipes da irmã.
Uma das primeiras providências, tão logo termine essa transferência para o hospital, é o trabalho de aproximação desses enfermos com a sua nova realidade.
Isso é tão importante que os próprios membros do Conselho da Casa de Repouso recebem as entidades sofredoras, dando-lhes a primeira assistência e procurando esclarecer, aos recém-chegados o porquê da sua vinda àquele local, bem como incutir, em suas mentes, novas perspectivas espirituais.
O que não é nada fácil, uma vez que muitos dos Espíritos recebidos não estão ainda preparados para entender o significado de sua permanência, neste local. Às vezes, nem sequer sabem onde se encontram…
Em seguida, nossos irmãos são encaminhados para as várias equipes de apoio; cada uma composta pelos trabalhadores chefiados por cada um dos Conselheiros; sempre sob a Administração Geral da veneranda Irmã Scheilla.
Neste aspecto, sobre o tratamento dispensado no Hospital de Scheilla, pela “missionária da unidade e do amor mútuo”, e sua comprometida e competente equipe, é mister mencionar a assistência oportuna, e sempre solicita, fornecida pelo venerando Espírito de Cairbar de Souza Schutel, o nosso conhecido Bandeirante do Espiritismo, em terras brasilenses.
Além do amor, que é dispensado nesse momento importante e crucial de reencontro com sua realidade espiritual, o Espírito assistido carece de muita instrução e orientação, uma vez que praticamente desconhece tudo sobre o Mundo Espiritual e a respeito de sua realidade atual. E é exatamente aí que entra o nosso querido Espírito de Cairbar de Souza Schutel, e seus assessores.
A equipe doutrinária de Cairbar envia, constantemente, material para a confecção das apostilas que são fornecidas aos Espíritos internados na Casa de Repouso.
Como já dissemos, tanto para os que se encontram de passagem, oriundos de outras colônias espirituais, bem como aos que se integrarão aos serviços da cidade de Alvorada Nova.
A partir deste material, as apostilas são preparadas pela Coordenadoria Geral.
O objetivo deste material é o de ensinar, aos Espíritos sofredores acolhidos neste reduto de amor ao próximo, sobre o destino do ser humano, passar as mensagens do Nosso Senhor Jesus Cristo e, quando necessário, em situações que assim forem oportunas, revelarem conhecimentos sobre vivências do passado das entidades atendidas; obviamente, quando isso é permitido pela Espiritualidade Maior.
Afinal de contas, não nos pediu o Espírito de Verdade que nos amassemos, mas que nos instruíssemos também? — “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo”. Espírito de Verdade (Paris, 1860)
Tanto que, além desse trabalho de esclarecimento, no hospital ocorrem também trabalhos de evangelização. O que não é de se estranhar, uma vez que, como sempre nos repetem nossos mentores espirituais, o importante é a cura da alma. E isso só se consegue com o entendimento das Leis que regem este maravilhoso Universo criado por Deus; ou, em outras palavras, como diria Léon Denis termos o entendimento correto “do problema do ser, do destino e da dor”.
Ademais, em Alvorada Nova, e mais especificamente na instituição presidida pela Irmã Scheilla, os ensinos não param aí. Preocupados com o bem-estar de seus tutelados: “Comandadas pelo Núcleo de Desenvolvimento da Doutrina, trabalhadores especializados ministram aulas sobre assuntos fluídicos, explicando as correntes magnéticas que muitas vezes atormentam as entidades enfermas.”
A preparação destes especialistas, na Medicina do Além, é cuidadosa e meticulosa, tanto que recebem instruções diretamente de Espíritos Superiores!
Outra providência adotada pelos trabalhadores do Hospital de Scheilla, e que tivemos a oportunidade de constatar inúmeras vezes aqui neste orbe, em nossas reuniões públicas, e durante as aulas ministradas em nossa querida instituição, os Espíritos, em tratamento na Casa de Repouso, são trazidos à centros espíritas, sob a orientação e proteção de entidades esclarecidas, os denominados “chefes de caravanas”, para participarem das lições doutrinárias ministradas nos cursos sobre Espiritismo, Aprendizes do Evangelho, etc., bem como nas Reuniões Públicas.
E, a bem da verdade, o que nos entristece e muito, não raramente constatamos, em nossos recintos, que a presença de desencarnados excede, dezenas de vezes, quando não centenas, a dos encarnados…
Quantos de nós não acabarão “chorando sobre o leite derramado”, arrependidos por não terem atendido ao chamado recebido quando aqui encarnados?
Quantos não são os soldados que abandonam o campo de batalha, muitas vezes sem nem mesmo iniciarem o bom combate, no dizer de Paulo de Tarso, o convertido de Damasco?
E quantos de nós são, não constatamos igualmente, os que passam pela vida como se a existência carnal fosse a única que Deus destinou à sua criatura?
Quão pobre é ainda a visão do homem, que se arvora intitular como pertencente a classe dos seres humanos, a respeito de sua destinação, e seus reais objetivos existenciais!
Todavia, como é mister prosseguir com o nosso despretensioso desiderato, precisamos seguir em frente, para atingir nossos objetivos: o de registrar, mesmo que palidamente, a biografia de nossa Irmã Scheilla…
Confessamos que, de princípio, quando fomos introduzidos à esta experiência, na Instituição, estranhamos o do porquê nossos irmãos do lado de lá precisavam serem aqui trazidos para o devido esclarecimento; mas, com o passar do tempo, e aprofundamento dos estudos, compreendemos de que o principal motivo é pelo fato de que a maioria dos Espíritos desencarnados ainda se encontram demasiadamente ligados à matéria, e que melhor absorvem as lições doutrinárias quando em contato com os nossos fluidos, como muito bem colocou nosso querido confrade Abel Glaser.
Além destes desencarnados, a Casa de Repouso, que atende diuturnamente Espíritos da colônia espiritual e de outras localidades, também recebe encarnados durante o desprendimento noturno, durante o sono.
Um exemplo para todos nós
Esta biografia não estaria completa se não fizéssemos um fechamento que possa contribuir com a nossa evolução espiritual. Uma reflexão oportuna, diante de todos os exemplos de fé, perseverança, humildade e, sobretudo, de muito amor ao próximo.
Temos a certeza de que seus inúmeros cooperadores e amigos, lá do mundo espiritual, assim gostariam e nos pediriam, se o desejo de não interferir com o nosso livre-arbítrio não os calassem. Bem como, piamente acreditamos que a Irmã Scheilla não se oporá a isso.
Obviamente, se fosse pela veneranda Irmã Scheilla, esta biografia nem seria escrita. Contrária a qualquer demonstração de personalismo, ela certamente não aprecia elogios perigosos e muito menos atitudes de veneração a respeito de sua pessoa. Sua humildade não o permite. Seu discernimento, muito menos; mas, por isso que existem os admiradores: para que as boas coisas sejam reveladas e compartilhadas… Temos a certeza de que também nos perdoará isso…
Fazemos isso, não só por uma questão de carinho, mas para que possa se constituir em exemplo para nós outros. Assim como ela os teve, com São Francisco de Sales e São Vicente de Paulo, todos nós necessitamos de orientação…
Ao longo das poucas páginas que conseguimos compilar, uma vez que os dados disponíveis e confiáveis são escassos, pudemos constatar sempre as mesmas virtudes ao longo destes últimos séculos.
Como nossos leitores queridos puderam perceber, nos foi possível descobrir quatro fases:
1) Com Maria de Nazaré, em Éfeso, uma cidade greco-romana da antiguidade, situada na costa ocidental da Ásia Menor, aproximadamente no ano de 52 d.C.; embora, precariamente narrada em umas poucas linhas.
2) Sua reencarnação em Dijon, na França, no ano de 1572.
3) A última reencarnação, na Alemanha, no século passado, como enfermeira dedicada que desencarnou muito jovem, aos 28 anos de idade.
4) Sua atual presença, muita ativa, na cidade espiritual de Alvorada Nova.
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Quanto à sua reencarnação francesa (Dijon, 1572-Moulins, 1641), nascida como Joana Francisca Frémyot, filha de Benigno Frémyot e Margarida Berbisey, ambos membros da nobreza do Ducado de Borgonha, e casada, aos 20 anos de idade, com o segundo Barão de Chantal, Cristóvão de Rabutin, de quem enviuvou cerca oito anos depois, aprendemos muitas coisas, que nos servem de inspiração para uma avaliação do nosso proceder.
A despeito do berço nobre não se deixou contaminar pelo orgulho, pela vaidade, e nem pelo egoísmo. Três chagas que costumam rondar a vida dos que nasceram com a difícil prova da riqueza.
Sabia respeitar a todos, não fazendo distinção entre as pessoas; quando achou necessário, mesmo viúva, abriu as portas de sua residência, um Castelo, para receber os desvalidos da sorte, vítimas da extrema pobreza e das inúmeras doenças que grassavam naquele período.
Tratava com bondade e justiça a todos os seus subordinados. Mesmo numa época onde o homem era o centro do Universo, soube colocar as mãos à obra, para que sua propriedade pudesse suprir o suficiente aos seus comandados.
Na infância e na juventude foi simples, obediente e excelente filha. Empenhada em aprender, desenvolveu-se buscando o aprimoramento de sua educação e dotes pessoais. Não se deixou contaminar pelas seduções perigosas da época. Sábia, apesar de ainda jovem, soube desvencilhar-se da corte de seus pretendentes interesseiros.
Casada, buscou a harmonia familiar. Tanto que seu casamento foi descrito, pelos seus biógrafos, como feliz.
Ajudou o marido a desempenhar suas responsabilidades, junto à sociedade e ao governo. Solícita, envolveu-o de carinho, segurança, apoio e muito estímulo, para proporcionar-lhe o equilíbrio de que necessitava.
Cuidou, pessoalmente, de colocar em ordem as abaladas finanças da família Rabutin, usando até parte do seu dote para quitar as dívidas, gerenciando impecavelmente o Castelo de Bourbilly, e tornando as suas terras produtivas.
Estatura elevada, porte majestoso, bela, inteligente, alegre, enfim, foi uma excelente filha, esposa, nora e mãe.
Uma vez viúva, soube encontrar em São Francisco de Sales a orientação de que tanto necessitava para colocar em ação os ideais que tanta acalentava desde à época em que ainda se encontrava consorciada com o Barão de Chantal.
É dela a reflexão: “Se eu não amar os pobres, parece-me que não estarei amando a Deus”.
Luta interior acirrada, buscando vencer a si própria e encontrar o caminho que a levaria até Deus, em 1604 encontra-se com Francisco de Sales, que tornar-se-ia seu guia espiritual, e, juntos, dariam início à uma obra que perdura até os dias de hoje: a Ordem da Visitação de Santa Maria. Em 6 de junho de 1610, inaugurariam, em Annency (França), na pobre casa “A Galeria”, o primeiro de uma série de treze monastérios que fundariam juntos, enquanto Francisco permaneceu encarnado.
Não interrompendo seu trabalho, após o retorno do seu guia espiritual a Pátria Espiritual, constituiu mais 74 mosteiros. Ao desencarnar, deixaria 87 casas funcionando sob sua direta orientação.
Não se deixou vencer pela pobreza, intolerância, calúnia, doença…
Jamais perdeu a doçura, meiguice e carinho no trato com as suas pupilas e assistidos.
Obra que em 2011 contava com 168 monastérios, com mais de 3.000 irmãs visitandinas; inclusive aqui no Brasil.
Conviveu e contou com a amizade e apoio de Espíritos luminares, como São Vicente de Paulo, patrono das obras de caridade da Igreja Católica Apostólica Romana. Segundo São Francisco de Sales, o homem mais santo que ele conheceu…
Desencarnou como viveu. Ao se despedir de suas irmãs de ordem, orientou-as, uma a uma, de acordo com suas necessidades pessoais.
Aquela que semanas antes, ao sair de Paris, antes de chegar ao seu último destino: Moulins (França), pediu, a todas elas, o “amor mútuo e a unidade, por fidelidade à Regra”. Suas duas maiores preocupações: o amor entre todas elas e o espírito de unidade na Ordem…
Um pouco antes de suas derradeiras horas, como que um último pedido, solicitou que lhe lessem a passagem da morte de Santa Mônica, da obra de Santo Agostinho: Confissões.
Entre seis e sete horas da tarde, no dia 13 de dezembro de 1641, suas três últimas palavras foram: “Jesus, Jesus, Jesus!”
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Quanto a sua reencarnação na Alemanha [c. 1915–1943], nascida com o nome Scheilla, numa família alemã e Espírita, cujo pai, chamado Fritz, ao que tudo indica, foi um médico homeopata, ambos desencarnando, em casa, durante um bombardeio dos aliados sobre a Alemanha, no ano de 1943, também nos deixou um legado de exemplos para seguir.
Seu irmão Rodolfo ficou conhecido na lide Espírita por suas aparições, a partir de 1939/1940, nas reuniões de preces e de materializações do conhecido médium Peixotinho, em Macaé, RJ. Foi ele que introduziu Scheilla Fritz nas paragens brasilienses.
Sabemos que com seu estilo simples, de espontânea meiguice, vivia preocupada em ajudar o próximo, indistintamente, por meio de sua profissão: a de enfermeira.
Era bonita, de estatura mediana. De tez clara e cabelos loiros, o que lhe proporcionavam um ar de graça muito suave. Seus olhos eram azuis-esverdeados, de um brilho intenso, que refletiam a grandeza de seu Espírito amoroso.
Dela se comenta, com convicção, de que antes de desencarnar, aos 28 anos, atuava como enfermeira, sempre com seu avental branco, ajudando no atendimento aos feridos nos combates da guerra; e que se esquecia de si mesma, pois pensava apenas em aliviar os sofredores.
Desencarnou em casa, junto ao pai, após a queda de um avião aliado sobre a residência em que viviam, muito provavelmente abatido pela artilharia nazista. O pai, praticamente de forma instantânea, e ela após agonizar, e, coma, e ser auxiliada pela espiritualidade, através do grupo de Peixotinho.
Após sua morte física, Scheilla vinculou-se às falanges espirituais do bem que atuam em nome de Jesus, principalmente no Brasil. Como atestam suas obras, em vários Centros Espíritas deste país.
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Quanto à sua incansável atividade, agora no mundo espiritual, inegavelmente pudemos constatar o quanto a veneranda Irmã Scheilla tem feito pela divulgação Espírita, pelos desencarnados e encarnados que são assistidos na Casa de Repouso, carinhosamente denominada Hospital de Scheilla, e pelos ainda encarnados, mormente, em nosso povo.
Na direção geral das atividades deste hospital espiritual, atende um número crescente de Espíritos necessitados de amparo.
Scheilla coordena 14 equipes médicas. O trabalho realizado é bastante amplo e complexo, com atividades que estamos longe de compreender ainda.
E sabemos que está ligada ao Núcleo de Desenvolvimento da Medicina Espiritual, cujos reflexos podemos constatar, dia-a-dia, em nosso Recanto de Luz – Pronto Socorro Espiritual Irmã Scheilla.
A ela estão também vinculados os encarnados, obviamente coordenados e orientados pelas equipes de trabalho da Irmã. Almas que participam das atividades de cura, que ocorrem nos dois planos: o da matéria e o espiritual.
Quanto à divulgação e expansão da Doutrina Espírita é inquestionável sua contribuição.
Após desencarnar, quase que de imediato dá início as suas atividades de materialização, transporte de objetos e flores, e trabalhos de cura, nos insurgentes trabalhos realizados pelos médiuns Francisco Peixoto Lins (Peixotinho) e Fábio Machado. Mas também se apresenta nos trabalhos de materialização e cura, com a presença do médium múltiplo Francisco Cândido Xavier, o Chico de todos nós.
Cura o corpo e trata de curar a alma, orienta necessitados, atesta a existência do mundo espiritual e a comunicação com os ditos “mortos”. Como sempre, com a mesma douçura e meiguice, porém, igualmente, com profunda sabedoria. Características de todas as suas personalidades conhecidas, e de sua individualidade.
Uma verdadeira Missionária do Amor.
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O resultado de todas as suas obras é visível e incontestável. Basta recordarmos o estágio em que se encontra: o de um Espírito iluminado, amado, guia e modelo para tantos outros, mesmo os de elevada estatura espiritual.
Se, mesmo os que já se encontram à nossa frente, na jornada em direção aos Mundos Superiores, procuram seguir-lhe o exemplo, a pergunta que nos fazemos é: por que não fazermos o mesmo?
Parece que a formula dá certo; não acham, caro leitor e querida leitora?
Quem não gostaria de sentir o que ela sente? Quem não almeja viver em paz, como a nossa irmã vive? Quem não apreciaria ter tantas amizades, iluminadas, à sua volta?
Enfim, quem não gostaria de ter a sua fé, perseverança, humildade, e, acima de tudo, amor para com o Pai, o próximo e para consigo mesmo?
Que fiquem, estes últimos parágrafos, para nossa reflexão. Que, ao fecharmos o artigo que acabamos de ler, não esqueçamos dos ensinamentos e exemplos que vivenciamos por meio desta veneranda irmã.
E repetindo as palavras de outro venerando Espírito, Cairbar de Souza Schutel: “Que o seu exemplo de amor puro possa incentivar os encarnados no exercício permanente da fé raciocinada, da perseverança efetiva, da humildade sincera e, sobretudo, da verdadeira caridade, a fim de se harmonizarem cada vez mais com o programa de trabalho do Cristo”.
Fiquem todos na paz que o Nosso Mestre Jesus Cristo nos deixou.
Bibliografia
1 GLASER, Abel. Alvorada Nova. 3. ed. Matão, São Paulo: O Clarim, 2000.
2 GENTILE, Salvador. Anuário Espírita 96. Cap. “O seu retrato”. Araras, SP: IDE-Instituto Difusão Espírita, 1996.
3 LEVY, Clayton Bianchini. Novas mensagens, de Scheilla para você. 2. ed. Campinas, SP: Editora Allan Kardec, 2004.
4 LEVY, Clayton Bianchini. A Mensagem do Dia, de Scheilla para você. 8. ed. Campinas, SP: Editora Allan Kardec, 2004.
5 RAVIER, André S. J. Santa Juana de Chantal. 1. ed. Madrid, Espanha: Biblioteca de Autores Cristianos, 2008.
6 DIONISI, Fabio. Medicina do além. Um presente de Jesus para a humanidade. Com a participação do médium de cura Edson Barbosa de Souza. Inspirado por Dr. Stefani Oswald. 1. ed. 2. reimpr. Ribeirão Pires: Editora Dionisi, 2014.
7 ROCHA, Alberto de Souza. Caminhos da divulgação Espírita. 1. ed. Niterói, RJ: Lachâtre Editora Ltda, 1999.
8 JACINTHO, Roque. Chico Xavier: 40 anos no mundo da mediunidade. Edição 4/91. São Paulo, SP: Editora Luz no Lar, 1991.
9 RANIERI, Rafael Américo. Forças libertadoras. Fenômenos Espíritas. 2. ed. Editora Eco.
10 VASCONCELOS, Humberto. Materialização do amor. 1. ed. Recife: Fraternidade Espírita Francisco Peixoto Lins, 1994.
11 RANIERI, Rafael Américo Materializações luminosas. 8. ed. São Paulo: LAKE, 2003.
12 LEVY, Clayton Bianchini. Convites de Scheilla. 1. ed. Campinas: Editora Allan Kardec, 2007.
13 MATTOS, Divaldinho. De amigos para Chico Xavier. 1. ed. Votuporanga, SP: Didier, 1997
14 Artigo, publicado pelo professor Pierre Tavares Ribeiro, na edição de abril de 1996, do jornal O Imortal. Fundadores: Luiz Picinin e Hugo Gon-çalves (25/12/1953). Sede: Rua Pará, 292 – Caixa Postal 63. CEP 86180-970 – Cambé – Paraná.
15 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 1. ed. 33 reimpr. Capivari, SP: Editora EME, 2014.
16 XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Leis de amor. Ditado pelo espírito de Emmanuel. 3. ed. São Paulo: LAKE, 1963.
17 VASCONCELOS, Humberto. O silêncio foi quebrado e outros escritos. 1. ed. Recife: Doxa, 2006.
18 LABBATE, Dante. Materializações luminosas. Leis cósmicas em ação. 2. ed. Belo Horizonte, MG: Fonte Viva, 2002.
19 OLIVEIRA, Célio Alan Kardec de. Movimento da Fraternidade. Histórias do Movimento. MOFRA. 1998.
20 GENTILE, Salvador. Anuário Espírita 88. Cap. “Um trabalho de amor”. 1. ed. Araras, SP: IDE – Instituto Difusão Espírita, 1988.
21 FRUCTUOSO, Paulo Cesar. A face oculta da Medicina. 2. ed. Lar Frei Luiz, 2015.
22 DIONISI, Fabio A. R. A História do Espiritismo. Da França de Kardec ao Brasil de Chico. 1. ed. Ribeirão Pires: Editora Dionisi, 2013
23 MAIA, João Nunes. Flor de vida. Ditado pelo Espírito Scheilla. 3. ed. Belo Horizonte: Editora Espírita Cristã Fonte Viva, 1991.
24 LEVY, Clayton Bianchini. O bisturi e o algodão. Pelos Espíritos Scheilla e Augusto. 1. ed. Campinas: Editora Allan Kardec, 2013.
25 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4. ed. Curitiba: Editora Positivo, 2009
26 MORENO, Emmanuel Alves. Fragrâncias do amor. Mensagens do Espírito Scheilla. Pelo Espírito Scheilla. 1. ed. Rio de Janeiro, RJ: Lar de Tereza, 2012.
27 MIRANDA, Hermínio C. Diversidade dos carismas. Teoria e prática da mediunidade. Niterói, TJ: Arte e Cultura, 1991.
28 Bíblia Sagrada. Edição Barsa para a família católica. Tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo. Novo Testamento. Rio de Janeiro: Barsa, 1965.
29 SANTOS, Wellerson. Meditações diárias. Pelo Espírito Scheilla. Belo Horizonte: Sementeira de Benções, 2011.
30 MAIA, João Nunes. Páginas esparsas. Ditado pelos Espíritos Scheilla e José Grosso. 1. ed. Belo Horizonte: Editora Espírita Cristã Fonte Viva, 1994.
31 MAIA, João Nunes. Chão de Rosas. Pelo Espírito Scheilla. 1. ed. Belo Horizonte, Minas Gerais: Editora Espírita Cristã Fonte Viva, 1986.
32 MAIA, João Nunes. Convites aos corações. Ditado pelo Espírito Scheilla. 4. ed. Belo Horizonte: Editora Espírita Cristã Fonte Viva, 1992.
33 AVELLAR, Jairo. Digna Estrela. Pelo Espírito Scheilla. 2. ed. Contagem, MG: Editora Itapoã, 2012.
34 MARIA, Alda. O perfume da rosa. Pelo Espírito Scheilla. 2. ed. Belo Horizonte: CEMFS, 2015.
35 TONSIG, Herculino. Oportunidades todo dia. Mensagens espirituais de Scheilla e outros Espíritos. 2. ed. Capivari: Editora EME, 2002.
36 AVELLAR, Jairo. Superando desafios. Pelo Espírito Irmã Scheilla. 3. ed. Contagem: Editora Itapuã, 2012.
37 AVELLAR, Jairo. Tuas preces. Pelo Espírito Scheilla. 1. ed. Contagem: Editora Itapuã, 2006.
38 AVELLAR, Jairo. Virando Páginas. Pelo Espírito Scheilla. 1. ed. Contagem, MG: Editora Itapoã, 2013.
39 XAVIER, Francisco Cândido. A vida fala III. 5. ed. Mensagem “Luz no lar”. Brasília, DF: FEB, 1986.
40 XAVIER, Francisco Cândido. Caridade. 10. ed. Mensagem “Pão, ouro e amor”. Araras, SP: IDE, 1996.
41 XAVIER, Francisco Cândido. Ideal Espírita. Várias mensagens. 11. ed. Uberaba, MG: Edições CEC, 1991.
42 XAVIER, Francisco Cândido. Luz no lar. Ditado por espíritos diversos. 6. ed. Brasília, DF: FEB, 1989.
43 XAVIER, Francisco Cândido. Mãos Marcadas. Por espíritos diversos. 3. ed. Araras, SP: IDE, 1977.
44 XAVIER, Francisco Cândido. Passos da vida. Mensagens “Bens e males”, “Pontos mortos” e “Tudo certo”. 4. ed. Araras, SP: IDE, 1987.
45 XAVIER, Francisco Cândido. Relicário de Luz. Mensagem “Suor e lágrimas”. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991.
46 XAVIER, Francisco Cândido. Seguindo juntos. Mensagem “Esmolas esquecidas”. 3. ed. São Bernardo do Campo, SP: GEEM, 2007.
47 XAVIER, Francisco Cândido. Taça de luz. Mensagens “Disciplina”, “O capital dos minutos” e “Pão, ouro e amor”. São Paulo, SP: Lake.
48 XAVIER, Francisco Cândido. Visão nova. Mensagens “Abençoa sempre e “Prece de amor”. Araras, SP: IDE. 49 DIONISI, Fabio. Irmã Scheilla. Missionária do amor. 2. ed. Ribeirão Pires, SP: Editora Dionisi, 2017
muito obrigada pelo trabalho de divulgação deste Espírito Benfeitor que tanto enriquece nossa Vida
Eu que agradeço o feed back
Entrei na página pois passei por uma experiência nessa madrugada de 27/06/23 tive uma visão onde eu fui guiada por uma mulher com voz calma ia me conduzindo até um certo local e me mostrava as pessoas que realmente precisavam de ajuda,foi muito intenso tenho muitos detalhes,ela me mostrava um enorme papiro onde estava sendo escrito com lápis uma mensagem,só sei que essa moça parecia uma santa de vestes brancas como uma freira e me dizia tantas coisas e que agora ela iria ser minha mentora espiritual para que eu auxiliar-se melhor nas visitas de Dr Fritz. Faço um trabalho ajudando as pessoas que precisam com cirurgias PSIQUICAS e espiritual com a ajuda de Dr Fritz seus auxiliares onde tenho visto muitas pessoas sendo curadas após as cirurgias e tratamento,fiquei por entender quem era aquela moça tão pura e que me levava até um tipo de igreja antiga ou um templo não sei ,só sei que o que ela me mostrava era pessoas vestidas de preto todas sujas e aí ela me dizia : São estas pessoas que eu deveria ajudar ,e que ela ia me guiar nessa jornada na
terra, tem mais …só que agora estou procurando ajuda para entender porque ? Eu não sabia da existência da Scheila Fritz ,eu sou médium clarividênte desde meus 8 anos e sofri muito com minhas visões e premonição,até que minha mãe me levou até uma casa de Chico Xavier onde me ajudaram na época a entender que eu tinha algo para fazer aqui na terra ,mais que ainda naquela época não era o tempo certo,hoje estou com 43 anos trabalho em prol de ajudar o meu próximo sem destinsao de raça cor status,tenho muito medo de errar com a espiritualidade maior, faço meu trabalho totalmente doada ao meu Deus e ao meu querido mentor Dr Fritz pelo qual vem ajudando a tantas pessoas que eu não conheço ,mais amo a todas por igual ,assim sigo minha vida,no anonimato.Quando procurando hoje as fotos encontrei a moça que me veio em meu sonho visão não sei qual correto ,mais era irmã Scheila Fritz e estou agora muito emocionada e procuro ajuda com concelhos do que devo fazer a quem procurar?
Gratidão pela vasta biografia sobre a espiritualidade e seu grande lindo trabalho aqui na terra 🙏🏼 gratidão por tudo sempre gratidão 🙏🏼
Bom dia, Cássia
A senhora é da região de São Paulo (capital ou ABCD?).
Nossa veneranda irmã Scheilla Fritz é que nasceu na Alemanha em 1915 e desencarnou, durante a guerra, em 1943, aos 28 anos de idade.
Por gentileza, qual seu WhatsApp?
Fiquei feliz com a mensagem.
Atenciosamente,
Fabio Dionisi
C.(11) 9.8463-5051