Crises existenciais

[Aécio César] aeciocesarf@bol.com.br

Crises … Quantas delas existem em nosso psique? Várias sentimentalidades à prova, à ferro e fogo. Já parou para pensar que nesse exato momento seus neurônios buscam razões plausíveis para entender esse meu raciocínio? Um tipo de crise literária? Sim… A gosto do freguês.
Tentarei me expressar aqui nas crises existenciais como num todo. O ser humano ainda não conseguiu se inteirar das responsabilidades conquistadas quando de posse da razão. A conquistou, é um fato, mas ainda navega no mar revolto da ignorância, não porque não tenha oportunidades para visionar o degrau acima em que se encontra na Criação Universal. Às vezes é má vontade mesmo.
Trocando, pois, em miúdos, complementemos meu introito nas palavras do Instrutor Gúbio quando em palestra na colônia Nosso Lar, registrada por André Luiz no seu livro “Libertação” no seu capítulo II, através da psicografia de Chico Xavier. Vejamos: “… após perderem abençoados anos no campo didático da esfera carnal, enredadas em conflitos deploráveis, erram aflitas, exânimes e revoltadas, ajustando-se ao primeiro grupo de entidades viciosas que lhes garantam continuidade de aventura em fictícios prazeres“. Magistral essa citação. E, com certeza passou de liso por muitos daqueles que empregam suas palavras ao retumbar da perfectibilidade.
Enquanto no mundo das formas mais brutas, o ser humano vem arrastando seu fardo em campos estéreis mais propícios a desenvolver o joio retratado em seus clichês mentais que mais lhe interessam e os satisfazem. E quando a morte vem cobrar o acesso à sua consciência, a surpresa o torna, muitas vezes, em lunático, enlouquecido pelas verdades espirituais que sempre acreditou não existirem.
E a atração com as alucinações mentais alimentadas na Terra quando de volta à pátria espiritual, o faz participar de hordas de espíritos que alimentam, infrenes, as paixões geradoras da loucura e da estagnação cerebral por tempo indeterminado.
Ahhhh… Esses prazeres mundanos que a Lei do Esquecimento procura extingui-los da nossa consciência, mas que o nosso inconsciente, sendo mais incisivo nas questões de poder, afloram-nos esse ou aquele ego, despertando em nós seus estigmas em situações que nos despertam lembranças de um passado obscuro no nosso dia a dia.

De fato somos doentes mentais compartilhando o fel dos desenganos com nossos afins a céu aberto onde cada um, no mundo, procura alimentar seu inconsciente travestido temporariamente de sombras.
A falta de fé direcionada à razão, alimentada de princípios mais substanciosos, deixam, desesperançosos de êxitos, os seres humanos mais frágeis, pois que a demanda dos desencarnados é bem mais forte que a fé que esses sustentam, submissa a rituais, dogmas e sinais sem valores qualitativos.
Os vícios alimentados quando no mundo, serão revistos e revigorados quando formos atraídos para as hostes sombrias com os mesmos ideais além-túmulo. E hajam sofrimentos acerbos, onde o nome de Deus sequer seja um pequenino foco de luz tentando achar lugar no coração e na mente desses espíritos.
Vagando em sinistra procissão no Além, todos teleguiados por mentes mais poderosas, fazem, à mancheias, as vontades sob o chicote de muitos malfeitores.
E o que posso dizer aqui a não ser termos esperanças em dias melhores, pois tudo isso, graças a Deus, também passará. Comigo,
Leitor Amigo?

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