EDITORIAL No. 105 (Novembro, 2022) – A importância da Casa Espírita

[Fabio Dionisi] fabiodionisi@terra.com.br

“Sereis odiados de todos por causa de meu nome. Aquele, porém, que perseverar até o fim, será salvo.” (Mt, 10:22)

Caro leitor, este mês queremos abordar este tema.
Obviamente, no que tange às boas Instituições Espíritas; àquelas imbuídas da prática da caridade, na ajuda ao próximo, na preservação dos ensinamentos trazidos pelo Nosso Mestre Jesus, na preservação da pureza doutrinária, e, principalmente, no acolhimento, com amor, do próximo.
“A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido”. (Lc, 12:48)
Infelizmente, muitas instituições perdem-se pela falta de fraternidade entre seus componentes, pela prática do “Espiritismo sem os Espíritos”, pelo esquecimento da importância das obras assistenciais, pela introdução de práticas e ensinamentos que não são Espíritas, pelo excesso de ortodoxia, esquecendo-se de que o Espiritismo também deve evoluir, na mesma medida que a ciência progride, mas com as cautelas registradas por Allan Kardec.
“Amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo” (Espírito de Verdade) – ESE (cap. VI; item 5)
Quando tudo vai bem, inúmeras são as vantagens de uma boa Instituição: fortalecimento da esperança, da fé e da caridade, reabastecimento espiritual, manto protetor, aquisição de conhecimentos Doutrinários, porto seguro para a prática da mediunidade, resgate de nossas faltas, através de “O amor cobre todas as transgressões” (Provérbios, 10:12) , ou “O amor cobre a multidão dos pecados” (1 Pe, 4:8).
“Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados” (Espírito de Verdade) – ESE (cap. VI; item 6)
Obviamente, as dificuldades são inúmeras…
Financeiras, relacionamento entre seus membros, vaidades pessoais, melindres, esquecimento do maior Mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Deuteronômio, 6,5). Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Levítico, 19,18). Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas.” (Mateus, 22:34-40). Além do esquecimento de que amar é “Assim, tudo quanto quereis que os que os homens vos façam, assim também fazei vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus, 7:12)
Quanto aos que comparecem às Instituições Espíritas, é importante lembrar das recomendações de Allan Kardec, quanto “Aos bons Espíritas”
1) Bom Espírita = Homem de Bem. “Muitos, porém, dos que creem na realidade das manifestações, não compreendem as suas consequências nem o seu alcance moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos” ESE (cap. 17; item 4)
2) Aquele que podemos qualificar de verdadeiro e sincero Espírita: “encontra-se num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma percepção mais clara do futuro” ESE (cap. 17; item 4)
Oportuno, também, refletirmos sobre a frase de Miramez: “A inferioridade nos inspira para julgarmos os inferiores”
“Vigiai e Orai, para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt, 26:41)
Lembrando que a “carne é fraca” no sentido do impacto da matéria sobre o Espírito.
Todavia, o que vemos, em geral, é muito diferente: (a) aqueles que trocaram as Igrejas (missas e as hóstias) pelo passe e as palestras (os “papa-passes”, os “papa-palestras”), (b) pouca disposição para o estudo, (c) pouca disposição para o “conhece-te a ti mesmo”, (d) pouca disposição para a “reforma íntima”, (e) desejo de só receber, mas pouca disposição para a doação, etc…
Reflitamos sobre tudo isso; todos nós.

O EDITOR

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