Editorial 79 – Cairbar de Souza Schutel (01.09.2020)
Caros confrades e confreiras,
neste mês de setembro comemoramos o nascimento
de Cairbar de Souza Schutel. Mais precisamente no dia
22.09.1868, na cidade do Rio de Janeiro.
Filho de Anthero de Souza Schutel e D. Rita Tavares
Schutel, tornou-se orfão, de ambos, quando ainda contava
com 9 anos de idade.
Não foi bom aluno, mas desde cedo destacou-se pela
inteligência e por ser muito trabalhador. Tanto que aos 17
anos (1885) já conquistara o respeito como farmacêutico
prático.
Mais tarde mudou-se para o Estado de São Paulo, passando
por Piracicaba, Araraquara, para depois se fixar na
Vila de Matão (1896), onde montou uma farmácia.
Envolvido com as atividades de emancipação do burgo,
tornou-se o primeiro Presidente da Câmara Municipal
(28.03.1899), cargo este que corresponderia à de Prefeito.
No dia 31.08.1905 casa-se, oficialmente, com Maria Elvira
da Silva e Lima, a Mariquinhas.
O início de sua conversão ao Espiritismo ocorreu aos
36 anos de idade (1904). Tão logo percebe o alcance da
Doutrina, não hesita em abrir o Centro Espírita “Amantes
da Pobreza”, no dia 15.07.1905.
Exatamente um mês depois (15.08.1905), lançou o jornal
periódico O Clarim, para rebater os constantes ataques
que recebia do clero católico. Com uma tiragem mensal
que chegou acima de 50 mil exemplares, circula até hoje.
A Revista Internacional de Espiritismo (RIE) viria
vinte anos após (fevereiro de 1925).
Nada parecia impossível ao homem alto e magro,
chamado Cairbar de Souza Schutel!
Nunca esquecendo que o principal era a prática da
caridade, desapegado quanto aos bens terrenos, usufruía
destes para a prática da ajuda desinteressada ao próximo.
Fornecia remédios, gratuitamente, através de sua farmácia,
cuidava e alimentava os menos afortunados, como foi o
caso dos anciãos que chegou a abrigar em sua própria casa,
visitava doentes nas fazendas vizinhas e de outros municípios.
Chegou a fundar o Hospital de Caridade, mas que
não conseguiu manter por falta de tempo e energias.
Mesmo assim tão ocupado, ainda encontrou tempo
para nos deixar uma vasta obra literária (cerca de 16 livros).
Nosso Bandeirante do Espiritismo, como é chamado
nas lides Espíritas brasileiras, desencarnou na cidade de
Matão, Estado de São Paulo, no dia 30.01.1938.
Sua contribuição, para com o Espiritismo e sua comunidade,
foi tal que ele recebeu várias denominações, a saber:
Bandeirante do Espiritismo, Pai dos Pobres de Matão,
etc.
Sabemos que ainda se encontra na Espiritualidade, à
frente da cidade espiritual Alvorada Nova, como Coordenador
Geral da cidade. A mesma onde se encontra a nossa
querida Irmã Scheilla.
Fiquem em Paz!
EDITOR
Incrível a maturidade espiritual de Cairbar naquela época com inteligência e amor muito acima de seu tempo encarou as feras da igreja. Parabéns a Editora Dionisi
Muito obrigado pelo feed back, caro Denisar
Um forte abraço,
Fabio Dionisi