Paz

[Aécio César]

A paz que tanto desejamos e que, inadvertidamente, a procuramos mundo a fora, se encontra, ela, aprisionada dentro de nós.

Quantos sofrimentos nos submetemos para haurir um pouquinho dela, não?

Quantas decepções criamos para nós mesmos sentindo-nos sozinhos e às vezes, abandonados sem ela? Quantos arroubos de ilusão alimentamos – em vão – não satisfazendo o nosso ego que precisa – para se exteriorizar com certo equilíbrio – de estarmos bem conosco mesmo?

Seguindo esse meu pensamento, vamos ver o que o Instrutor Eusébio em sua pregação, assistida por André Luiz e relatada no seu livro “No Mundo Maior” no seu capítulo 15 intitulado “Apelo Cristão”, através da mediunidade de Chico Xavier: “_Supondes possível uma era de paz exterior, sem a preparação interior do homem no espírito de observância e aplicação das Leis Divinas?_”. O homem na sua procura de paz tornou-se qual uma máquina. Está agindo por instintos como se não tivesse a razão para auxiliá-lo melhor. E a vida não se limita a eles, embora que, se mais bem observados poderia chegará num denominador comum.

A humanidade ainda não se encontrou, embora tenha todos os subsídios para que isso aconteça. Mudar, pra que? Pensarão muitos.
Mas será por mudanças no contexto de civilidade que o homem aprenderá a viver e a conviver com o semelhante mesmo diante das inúmeras diferenças morais, espirituais, religiosas, pessoais de cada um.

A observância em não errar mais, já é um passo para que o Espírito se abdique das suas viciações ainda que possessivas. É fato que o homem não raciocina em muitas ações que desenvolve. Age, como disse antes, qual máquina governada por terceiros, aqui no nosso caso, por espíritos altamente conhecedores de leis e principalmente a do magnetismo.

A aplicação das Leis Divinas é outro “martírio” para todos que se encontram em um mundo de expiações e provas. Muda-se interiormente e o mundo lá fora também irá mudar na sua estrutura de dinamização dos efeitos positivos da humanidade.

Portanto, sem vigilância, sem a prece e sem a aplicação desses dois pilares morais no nosso mundo interior, difícil a Natureza em si, nos envolver com pétalas de rosas. Haja espinhos para que o homem acorde desse pesadelo que construiu para viver e conviver consigo mesmo e com o seu próximo! Por isso que o sofrimento está em alta, mas que o homem ainda não atinou da veracidade do caos que está proporcionando sem a devida precaução.

Até quando Leitor Amigo esse mesmo homem irá se preocupar com a paz que nos vem de dentro e que se encontra trancafiada por nossos desequilíbrios e loucuras? Crê-se espírito com alto cabedal de conhecimentos, mas impossibilitado de conquistar degraus de evolução
aquém do próprio esforço e da própria vontade. Como, pois, se livrar
de vez dessa sanha doentia dos instintos bestiais? Reestrutura-se
tabelas de nomenclatura em que o espírito imortal seja o centro da
nossa imagem e semelhança com nosso Criador. Façamo-nos valer do
Hausto Divino que respiramos. Sejamos nós mesmos, sem rótulos, sem
evasivas, sem ilusões. Nada tão impossível quando realmente desejamos
mudar, não é mesmo?

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