Santo Agostinho

[Nelli Célia] nellicelia@gmail.com

Como Agostinho, muitos foram os santos negros, que contribuíram para a nossa fé e nos acalentaram em nossas aflições, mas a cor não importa, negros ou brancos, o que realmente prevalece é o Bem que trouxeram à humanidade. Agostinho de Hipona (em latim, “Augustinus Hiponensis”, conhecido mundialmente como “Santo Agostinho”, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos do primeiro século do cristianismo.

Ele era bispo de Hipona uma cidade na província romana da África. Agostinho nasceu provavelmente em 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste (Argélia) filho de Patrício e de Mônica, depois canonizada como Santa Mônica. Ele teve dois irmãos. Recebeu o apoio e o incentivo da mãe para a carreira sacerdotal.

Agostinho viveu uma infância e adolescência mundana, cercadas de coisas materiais, foi quando se deparando com tantas misérias e uma vida inútil, sentiu que faltava algo em sua vida. Procurou Deus em toda parte, questionando onde encontrá-lo. Dedicou-se ao cristianismo, estudando as lições de Jesus e também aos tratados filosóficos, principalmente na filosofia de Platão. Pensando e crendo que a  eternidade era  a divindade,  buscou Deus em seus caminhos, somente encontrando-O , quando sentiu que Deus estava dentro de si e não fora dele.

Roma vivia momentos tenebrosos. Agostinho contemporâneo da época, sofria com todo esse caos, ele meditava, procurando entender o que acontecia, recordando sempre das  palavras de Jesus: “Dê a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”. Entre a Fé e a Razão fez toda a sua existência. Deixou entre outros legados: “A cidade de Deus”. Nesta obra ele se refere a uma cidade eterna repleta de beatitudes á qual para adentrarmos, após a nossa morte,  precisaremos viver as Bem-aventuranças, aqui na Terra, ensinadas por Jesus. Dessa maneira Agostinho, nos mostra  a vida na espiritualidade, denominada “Cidade Celeste” e “Cidade Terrena” a qual vivemos na matéria .

Baseando-se no profeta  Isaías, Agostinho dizia ser necessário crer para compreender e compreender para crer, pois só a fé ilumina os caminhos da razão.

Sua sensibilidade mostrava sua alma poética o que podemos ver em alguns de seus poemas.  Sua história deve ser conhecida por todos nós.

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            Se conhecesses

            O mistério imenso do céu onde agora vivo,

            Este horizonte sem fim,

            Esta luz que tudo reveste e penetra,

            Não chorarias, se me amas!

            Estou já absolvido no encanto de Deus,

            Na sua infindável beleza.

            Permanece em mim seu amor,

            Uma enorme ternura,

            Que nem tu consegues imaginar.

            Vivo numa alegria puríssima.

            Nas angústias do tempo,

            Pensa nesta casa onde, um dia,

            Estaremos reunidos para além da morte,

            Matando a sede na inesgotável fonte

            Da alegria e do amor infinito.

Não chores,

Se verdadeiramente me amas!

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