EDITORIAL No 107 (Janeiro, 2023) – Os cuidados com os ataques espirituais, nesse momento de transição
Ao longo dos anos, em nossas palestras sobre influenciação espiritual, temos constatado a dificuldade de nossos ouvintes compreenderem a importância da vigilância diante dos ataques crescentes que sofremos.
Não poucas vezes ficamos surpresos com a reação de indiferença, como se o problema fosse com o outro. Algo que não os afeta, e por isso reagem como se o assunto não lhes fosse pertinente. Acredita-se em influenciação espiritual, mas agem como se o problema ocorra só com os outros…
Ledo engano! Allan Kardec já nos alertou em O livro dos Espíritos, há 165 anos, que os Espíritos influem em nossas vidas muito mais do que imaginamos.
“Q. 459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? — Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”
Segundo André Luiz, por volta da década de 40, a humanidade terrestre era constituída por vinte bilhões de indivíduos. Dos quais hoje cerca de 7.5 bilhões se encontram reencarnados; e, portanto, treze estão no mundo espiritual.
Considerando-se o estágio evolutivo em que se encontram os habitantes deste planeta, é de se concluir que uma massa enorme está por aí, ao nosso derredor.
Além das obras de Kardec, outros bons livros foram escritos falando sobre o tema influenciação. Só para citar dois: Aconteceu na Casa Espírita, ditado pelo Espírito Nora à Emanuel Cristiano, e Guerra no além: interação entre os dois planos de vida, ditado pelo Espírito de Cairbar Schutel à Abel Glaser.
Mas o alerta não é recente, pois em Paulo encontramos referências preocupantes a respeito, em pelo menos duas de suas cartas: aos Hebreus, 12:1 e aos Efésios, 6:10-18.
E esse assunto é crucial nesta fase de transição, de um Mundo de Provas e Expiações para um Mundo de Regeneração, devido ao recrudescimento da ação dos dominadores do mundo das trevas. Por isso, todo o cuidado é pouco.
É sábio desconsiderar a existência de inimigos quanto a este processo de transição planetária?
Sabemos que nos encontramos num processo de seleção. Muitos serão desterrados para mundos inferiores. Se conhecedores de seus destinos, eles não procurariam criar obstáculos a esta transição?
Em nossas atividades, nas reuniões de esclarecimento, desobsessão e encaminhamento, não poucas vezes nos deparamos com Espíritos cientes de seus destinos, mas que, abertamente, informam que procurarão postergar o máximo este evento; ou, quando conscientes de que não evitarão esta mudança, confessam que envidarão todos os esforços para arrastar o máximo possível de encarnados imprevidentes com eles, para constituírem seus exércitos, para o domínio das novas regiões.
Agem sobre os encarnados, planejada e deliberadamente, para atingirem esses fins. Trata-se de um contingente enorme de desencarnados se esforçam para postergar a consolidação da transição em curso, quando não a evitar. Por isso, façamos o que Nosso Mestre nos recomendou: “Oremos e vigiemos. Pois o Espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
O EDITOR