Desistência
Há espíritos débeis que nunca resistem às investidas da
vida material. As próprias doenças, além das dificuldades materiais,
os fazem desistir de lutar. E as experiências se sucedem,
determinando, às vezes, a fuga na depressão, nos psicotrópicos,
na bebida, nas mais diversas dependências. Desistir é o
meio de não lutar, e não sofrer mais.
Que se deve fazer por essas pessoas? Muito pouco, além
de orações e vibrações positivas. Arrancar alguém do poço sem
fundo, fazê-lo ver a luz do dia é algo às vezes impossível numa
só encarnação. As debilidades se sucedem, de vida em vida. Só
a força de um amor forte, que eleve as vibrações, restabeleça o
equilíbrio e proporcione tarefas de responsabilidade é capaz de
vencer o quarto escuro em que submergem certas almas.
Cada vida é muito diferente das outras. Há pessoas que
jamais se deixam abater, e quanto mais testadas, mais ganham
ânimo de superar-se.
As almas valentes enfrentam as provações como quem trava
importante batalha. É quase incrível o que podem realizar
pessoas que, depois de mutiladas, quase sem nenhuma possibilidade
física, se dão em benefício da humanidade. Esquecem-se
de si mesmas e dos embalos da vaidade e do amor próprio. Saem
de dentro dos túmulos da agonia e mostram ao mundo as graças
de Deus.
Desistência é sinal de profunda debilidade. É preciso levar
a tarefa até o fim, sem medos. É na terra árida que se deve plantar:
ela ali está, à espera do teu destemor. Quanto mais difícil a
empreitada, maior é a dívida cármica (ou o teu compromisso).
E maior a possibilidade de te saires dela com cintilações inimagináveis.
Portanto, se a tua tarefa te parece por demais árdua, segue
resoluto. Terás forças acrescentadas a cada palmo do caminho.
Deus jamais desampara! Quanto mais tiveres de lutar, mais energias
te serão acrescentadas. Vence!