Canção de Amor

Espaço Cultural e Poético – “Cança de Amor” (Ranier Maria Rilke)
[Nelli Célia] nellicelia@yahoo.com.br

O que é ser um poeta? Poeta não é somente compor os versos rimados e cheios de amor. Poesias são frases que saem de nossos corações, mantendo certo lirismo ou qualquer lembrança de momentos felizes que marcaram nosso passado, em que fazemos desses instantes verdadeiros momentos poéticos, transferindo-os para os versos que compomos.

                O planeta Terra recebe muitos poetas maravilhosos, e o poeta  citado hoje na coluna da Folha Espírita é René Karl Wihelm Josef Maria Rilke, conhecido como Ranier Maria Rilke, pois mudou seu nome de René para Ranier.

                Nascido em Praga, na Boêmia, atual República Tcheca, em 4 de dezembro de 1875 e falecido na Suíça em 9 de dezembro de 1926.

                Sabemos que faz parte do ser encarnado se apaixonar por outro ser, buscando assim a sua alma afim, é o elo perdido entre as encarnações. Muitas vezes confundimos esse elo, mas o verdadeiro quando chega é inconfundível, é a alma falando para alma. Rilke vivia em toda a Europa, e assim conheceu na Rússia Salomé, mulher letrada muito linda. Rilke ficou atordoado quando ela apareceu em sua vida: Salomé  foi uma paixão avassaladora.

                 Mas o amor veio no ano de 1901, quando surgiu em sua vida Clara Westhoff, infelizmente, pela biografia não se sabe muito desse casamento. Rilke, como todo poeta, trazia a alma repleta de sensibilidade e conflitos existenciais.

                Faltou a base das lições de Jesus sobre o amor. Rilke deixou inúmeras poesias e livros, um dos mais famosos é: Cartas para um jovem poeta.

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CANÇÃO DE AMOR

                Como hei-de segurar minha alma

                Para que não toque na tua?  Como hei-de

                Levá-la acima de ti, até outras coisas?

                Ah como gostaria de levá-la

                Até um sítio perdido na escuridão

                Até um lugar estranho e silencioso

                Que não se agita, quando o teu coração treme.

                Pois o que nos toca, a ti e a mim,

                Isso nos une, como um arco de violino

                Que de duas cordas solta uma só nota

                A que instrumento estamos atados?

                Que violinista nos tem em suas mãos?

                Oh, doce canção.

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