Missões
Aprendemos com Jesus, através de Seus exemplos de amor na grandeza de Seus gestos, as diretrizes seguras para a conquista das luzes da razão e do discernimento diante das lutas e desagravos da vida.
Seus ensinamentos nos demonstram a coerência dos acontecimentos que, aparentemente, seriam julgados como perdas ou fracassos, mas que estão a nos concitar ao crescimento espiritual, despojando de nosso mundo íntimo o orgulho e a presunção de que somos privilegiados ou melhores que nossos irmãos de humanidade.
Na longa caminhada através das vidas sucessivas que se entrelaçam e se completam no concerto da imortalidade, vamos depurando nossas almas, registrando fatos e vivências que enriquecem nossos espíritos à luz da racionalidade.
Se errarmos e nos comprometermos diante da Lei natural, retornaremos para a correção devida, para os reajustes necessários que nossa consciência ética impõe.
Vamos, assim, passo a passo, vivendo e aprendendo com os desacertos, com os enganos, com as possibilidades que se descortinam diante de nós como ensejos de desenvolvimento moral. Amplia, em cada fase, a compreensão do sentido real da vida e da nossa destinação espiritual.
Jesus, diante de Pilatos, com a fronte erguida e superior a tudo e a todos que o acusavam, sofre os apupos do povo desvairado e ignorante, mas diante do sofrimento moral a que estava sendo submetido, recebe a mais expressiva designação, quando Pilatos diz: eis o homem, numa lição inesquecível demonstrando como devemos nos portar diante de situações desesperadoras.
Com Sua supremacia moral, Jesus exemplificou como deveríamos nos conduzir quando submetidos a julgamentos injustos, diante da calúnia, do desamor e desdenhados pela inveja… E de maneira insuperável após a crucificação, prova nossa condição de seres imortais, retornando ao convívio dos discípulos.
Aprendemos com este exemplo, a temporalidade da vida física, quando nos alerta para a conquista da humanidade real, sublimada pelo amor.
Através do amor, libertamo-nos das algemas do ódio, do orgulho e do egoísmo.
Caminharemos livres e seguros buscando a libertação espiritual, digna daqueles que vencendo o mundo, venceram a si mesmos, elegendo a paz e a fraternidade como diretrizes de vida.
Compreenderemos então que a humanidade real é a meta de todos nós, filhos de Deus!
(Extraído do livro “Arquivos do coração” – Editora Solidum)
[Lucy Dias Ramos]