Editorial 92 – A falta da verdadeira Fé… (Outubro, 2021)

Caros leitores, estava a realizar algumas reflexões, nestes últimos dias, a respeito do porque temos tanta dificuldade em empreender a nossa evolução espiritual.
Todos aqueles que tiveram algum contato com os ensinamentos do Verbo Encarnado, como é o nosso caso, e principalmente a dos Espíritas, conhecem exatamente qual é o caminho a ser seguido.
Por que então, perguntava-me outro dia, temos tanta dificuldade para realizar a Reforma Íntima, e acelerar o voo em direção a paragens mais felizes, prometidas pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Devo confessar que a indignação maior era comigo mesmo, embora saiba que esse é o padrão da esmagadora maioria dos nossos irmãos em Cristo, cristãos.
Jesus sintetizou, claramente, que o único caminho é o amor a Deus acima de todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos.
Amai-vos, uns aos outros, como Eu vos amei.
E esclarecendo o que era o amor ao próximo, Ele ensinou: Faça aos outros o que gostaria que te fizessem; o que também implica no: Não faças aos outros o que não desejas que te façam.
Paulo, o grande Apóstolo dos Gentios, arremata, após empreender suas batalhas (e vencê-las!), que a maior das virtudes era a caridade (também traduzida pela palavra “amor”, em muitas versões idôneas de sua monumental 1ª Epístola aos Coríntios, cap. 13, versículos 1 a 7 e 13.
De nada valeriam as ações dos homens, para seu engrandecimento, se estas não estivessem alicerçadas pela grande vontade de fazer a caridade, virtude irmã do amor ao próximo.
Se isso foi dito de forma tão clara e sem rodeios, se nenhum cristão desconhece qual é o único caminho, para a verdadeira vida, porque, então, insistimos, empacados, em não o empreender? O que nos bloqueia esta caminhada, de forma tão resoluta como Jesus a realizou?
Minha leitura, após muita introspecção, é de que só pode ser falta de fé. Nós podemos crer, mas, na verdade, não sabemos de fato; não internalizamos.
Explico-me melhor. A verdadeira fé é aquela que é baseada no saber e não no simples acreditar. No “eu sei que é assim”, e não no “acredito porque me disseram”.
Se tivéssemos realmente a verdadeira fé nas palavras do Rabboni querido, agiríamos como os primeiros cristãos que se deixavam trucidar nas arenas romanas, cantando hosanas de louvar a Deus, por havê-los feitos saber de que a via é única.
Não estamos mais em tempos de testemunhos tão contundentes, e é o que torna mais paradoxal nossa atitude; em não atender ao chamado…
Pelo menos da minha parte, cheguei à conclusão de que preciso, urgentemente, fortalecer a minha fé, para poder ser mais rápido em minha caminhada. A fé capaz de mover as montanhas do meu ser…
Fiquem na PAZ que o Ungido de Deus nos deixou!

O EDITOR

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