Estamos cercados por uma multidão de testemunhas…

[Fabio Dionisi] fabiodionisi@terra.com.br

Caro leitor e estimada leitora, não poucas vezes meditamos sobre o auxílio que recebemos em nossas escritas. Que pode ser tanto para o bem, quanto para o mal, dependendo de quem estiver ao nosso lado.
Como disse Paulo, na sua Carta aos Hebreus (12:1): “Nós também, portanto, estamos cercados por uma nuvem de testemunhas…”.
Uma coisa é certa, se nossos propósitos forem bons, “boas testemunhas”, imbuídas do desejo de ajudar, estarão do nosso lado. Contudo, se nossos objetivos forem inferiores, outro tipo de companhias, muito mais abundante que os primeiros, estará ao nosso derredor.
Até alguns anos atrás, embora conhecedores desta influência, não dávamos a devida importância para esse fato, porém, após um contato com um benfeitor espiritual, que veio em nosso amparo para nos livrar, certa feita, da ação perniciosa de irmãos bem menos esclarecidos, despertamos e passamos a tomar mais cuidado com “os invisíveis”.
Estávamos em meados do primeiro trimestre de 2012, praticamente completáramos o primeiro ano à frente de uma Instituição.
Podem imaginar, caros irmãos, como o mundo menos esclarecido se agitava, em terras ainda tão áridas do saber das verdades espirituais, com o propósito de comprometer este pequeno núcleo de luz.
E, por nos encontrarmos à testa do mesmo, embora seres insignificantes diante da elevação dos mentores que nos assistiam do lado de lá, éramos alvo de ataques constantes; como o somos até hoje… constituindo-nos em verdadeira brecha aos propósitos nobres de nossos benfeitores espirituais.
Se no lado espiritual nada conseguiam, por se depararem com uma plêiade de Espíritos esclarecidos e já suficientemente sábios para não caírem nas armadilhas pueris, armadas por seres invejosos, do lado de cá, encontravam, através de nossas deficiências, guarida aos seus propósitos…
Através do Espírito amigo, aprendemos que não devemos dar ênfase ao que estamos sentindo, com o risco de atrairmos companhias indesejáveis; com o fito de evitar suas atuações mentais sobre nós, e assim por diante.
Por exemplo, se não nos sentimos bem, evitemos expressar isso verbalmente, se estamos a lidar com pensamentos negativos, procuremos mudar de sintonia. Fala, energia negativa, etc., é facilmente captada no Mundo Espiritual, tanto por boas entidades quanto por aquelas ainda voltadas ao mal. De certa forma, é o mesmo que invocar.
Esclarecendo um pouco, e construindo sobre o que acabamos de compartilhar.
Os Espíritos inferiores, muitas vezes, não conseguem captar os nossos pensamentos, contudo, têm maior destreza em fazê-lo com a nossa fala, e com as emissões de nossas energias físicas.
Estando bem ou mal, sempre emitimos energias correspondentes, de melhor ou pior qualidade, que alcançam nosso próximo.
Da mesma forma, quando falamos, lançamos para fora matéria e energia, e nos fazemos sentir por aqueles que se encontram em nossa proximidade. Por isso, de certa forma, embora não estejamos evocando, no sentido etimológico da palavra, acabamos enviando como que mensagens aos mesmos, o que equivale a uma invocação.
E o que devemos fazer para, nestes momentos, nos municiar com ferramentas de proteção: a prece. Sabemos que não existe Espírito ruim que aguente uma boa prece. Nenhum deles resistem, por muito tempo, a uma boa oração, muito menos aos bons pensamentos.
Mesmo que não os captem diretamente, serão influenciados pelo nosso padrão vibratório, o qual é resultante do que se passa em nossa mente.
Além disso, aprendemos que, os nossos irmãozinhos, menos evoluídos moralmente, não suportam pessoas que sustentem bons pensamentos. Acabam se afastando, por falta de afinidade. Afinal de contas, não é o que nos ensina a Doutrina maravilhosa deixada pelo Codificador Allan Kardec: estes sintonizam, e se sentem atraídos, pelo tipo de emissões que partem de nós, quer sejam pensamentos, emoções ou sentimentos.
Uma vez que os Espíritos, cuja opção ainda é o mal, não suportam os bons pensamentos, certamente não aguentariam, por muito tempo, os bons procedimentos…
Portanto, além do “Orai e vigiai”, proferidos pelo Nosso Mestre Jesus Cristo, tomaríamos a liberdade de inserir mais esta prática, a dos bons procedimentos, para que tais Espíritos se apartem de um nosso convívio diário mais íntimo.
Para finalizar, igualmente relacionado com o pensamento, nos foi ensinado outro recurso.
Assim como somos como que antenas ambulantes, que têm a habilidade de captar as emissões mentais de nossos irmãos desencarnados, também temos a capacidade de projetar. Mais completos que os nossos aparelhos eletrônicos atuais, como os rádios e as televisões, além de receptores, nossa mente é transmissora. E, além disso, temos todo o direito de nos valermos desta propriedade para nos proteger da insânia de nossas testemunhas invisíveis.
Se a mente pode criar, podemos ajustá-la para não aceitar estas projeções. E mais, indo além, por meio desta podemos projetar nossos próprios escudos de proteção contra as investidas que recebemos. Mas não só para cria-los, como também projetar bons pensamentos.
Definitivamente, precisamos aprender a dominar nossa mente! Para que se constitua numa fortaleza, e não numa fraqueza, por onde penetrem nossos adversários desencarnados, fazendo-nos de joguete, de verdadeiras marionetes humanas, a satisfazer seus desejos.
Logicamente que, se estivéssemos suficientemente evoluídos, de forma natural estaríamos livres de tais influências perniciosas, uma vez que nossas vibrações, decorrentes de nossos pensamentos, e da maneira como lidaríamos com nossos sentimentos e emoções, seriam proteções naturais.
Por falar nisso, para corroborar o que acabamos de comentar, lembramo-nos de uma passagem de André Luiz, em Missionários da Luz1, no capítulo “A oração”, que narra como Cecília protegia sua casa do acesso de Espíritos perturbadores que costumavam acompanhar seu incauto marido. Pela elevação de suas vibrações, estes não conseguiam entrar em seu lar, mesmo que seu marido não tivesse a mesma evolução. Se tiverem a oportunidade, leiam o capítulo, pois, é muito instrutivo.
Fiquem em paz!

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1 XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. 20. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987.

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