Editorial 95 – Ação mental de encarnado sobre outro encarnado (Janeiro, 2022)

Com tudo o que estamos vendo na mídia, decidimos conversarmos, com o leitor, um pouco sobre como o nosso pensamento influi na mente e no comportamento do próximo.
Poucas pessoas têm noção exata da capacidade humana de influenciação mental entre dois encarnados. Um tema que merece estudo detalhado e muita, mas muita reflexão mesmo.
No livro Liberação, de Salvador Gentile, encontramos, a este respeito, uma narrativa é de um desencarnado (Arquimedes), e seu estagiário, o Espírito Sérgio.
Nela, Arquimedes menciona a ligação mental que se estabelece entre duas pessoas; que pode ser boa, quando há laços de bondade, mas, negativa, como é o caso descrito.
Uma real interação mental inicia-se, mesmo que seja de apenas um dos dois indivíduos, quando alguém se encontra indisposto com outrem.
“Na verdade, quando nos indispomos com alguém, estabelecem-se laços negativos de interação mental, de sorte que, qualquer coisa que a pessoa faça, interpretamos, geralmente, de modo negativo, ou seja, por gesto ofensivo.”
Se ficasse só por aí não seria tão danoso, o problema é que esta interação pode ir além, ao ponto de impor, ao outro, determinada atitude ou comportamento…
“(…) Embora não haja manifestação física através da palavra falada, nosso pensamento, unicamente ele, pode alcançar a mente do nosso semelhante, impondo-lhe determinada ideia, ou, simplesmente, sugerindo essa ideia, que interfere na sua operação dos fatos, ou determina-lhe uma ação.”
Não nos deveríamos espantar com isso, mas se somente agora “caiu a ficha” para o nosso querido leitor, saiba que assim se deu também conosco, na ocasião em que estudamos esta obra.
Se somos capazes de passar, telepaticamente, informações de mente para mente, é óbvio que estas mesmas ideias podem ser usadas, pelo receptor, nos seus processos de decisão, mesmo que tudo isso ocorra de forma inconsciente. Por exemplo, a prevenção que, porventura, tenhamos contra alguém, pode fazê-lo reagir de forma alinhada com as nossas expectativas.
É o que o Espírito Arquimedes completa na sua elucidação para seu estagiário Sérgio: “— Por aí é que o relacionamento humano se complica. De uma parte, nos colocamos em posição defensiva contra alguém, prevenindo-nos ante suas ações. De outra parte, nosso pensamento, assim armado, pode influenciar lhe a mente, provocando-lhe reações involuntárias ou interpretações fora da sua realidade interior.”
Desta forma, podemos ser responsáveis pelas ações de nossos semelhantes! Da mesma forma como um Espírito das sombras pode nos sugerir determinados comportamentos, e venhamos a falhar por causa disso, nós podemos levar nosso irmão à determinada atitude, embora não seja do seu feitio realizá-las. Embora, evidentemente, há anuência do receptor, diante da influência do transmissor…
Acreditamos que este assunto não esgota aqui, por isso, sugerimos uma boa pesquisa na literatura idônea Espírita, sobre o tema Influenciação Espiritual.
Fiquem na PAZ que o Ungido de Deus nos deixou!

O EDITOR

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